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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

FELIX THE CAT - O GATO FÉLIX

O Gato Felix foi um dos primeiros desenhos animados a serem produzidos no mundo e surgiu na época do cinema mudo. Ele era um personagem de pele negra, com grandes olhos bem abertos, mantinha sempre um grande e belo sorriso, era gentil, muito alegre e sempre vivia se metendo em aventuras, que acabavam virando um grande problema e por diversas vezes para sair dessas enrascadas usava o seu próprio rabo como um objeto ou utensílio, chegando em algumas ocasiões a até arrancá-los e separá-los de seu corpo.
Esta característica surrealista também contribuíram enormemente para ele se destacar e se tornar um dos personagens mais famosos do mundo. Muitos críticos da época faziam grandes análises sobre essas características surrealistas do Gato Felix, bem como suas mãos cruzadas para trás nas costas, seu andar com a cabeça baixa e sua expressão de felicidade, que deixavam todos atônitos e esfuziantes ao perceberem que neste mundo tudo era possível.
Gato Felix 1920

Mas, até os dias atuais permanece uma grande dúvida em relação ao seu criador. Muitos autores consideram Pat Sullivan, um cartunista e também um grande empresário do cinema, por volta do ano de 1910, de origem australiana como sendo o seu criador.
Foto - Otto Messmer

Outros, porém, acham que Pat Sullivan era apenas o patrão de um animador norte-americano chamado Otto Messmer que trabalhava para ele em seu estúdio e, portanto Sullivan se achava ser o dono e proprietário de todas as obras produzidas pelo seu estúdio. Assim sendo o verdadeiro criador do Gato Felix era Otto Messmer.
Mas todas as duas afirmações parecem ter bastante coerência, assim como é fato assegurar que o Gato Felix realmente saiu do estúdio de Sullivan e as suas produções incluíam também outros personagens que fizeram muito sucesso nos anos de 1920. Alguns outros historiadores como John Canemaker chega a afirmar que Sullivan simplesmente plagiou Messmer.
Um outro fato levantado mais recentemente faz crer que Pat Sullivan seja o verdadeiro criador do personagem Gato Felix, com o surgimento de um depoimento prestado por Sullivan na Austrália, por volta de 1925, ao jornal "The Argus", onde ele menciona o fato de ter a idéia de utilizar um gato para uma nova produção, quando sua esposa trouxe ao estúdio um gato.
Desenho = Thomas Kat

Outros fatos interessantes, que talvez reforce estas afirmações é que em 18 de março de 1917, Pat Sullivan lançou um curta-metragem animado denominado "The Tail of Thomas Kat", que pode, talvez, autenticar as palavras de Sullivan e que também pode ter sido o precursor do Gato Felix, apesar do personagem Thomas Kat não ter, por exemplo, o caráter surrealista que Felix tinha, como arrancar o seu rabo e utilizá-lo com um utensílio qualquer. Thomas era apenas um gato em sua forma animal e não antropomórfico como o Gato Felix.
Discussão a parte sobre quem criou o personagem do Gato Felix avançam épocas adentro e até os dias atuais as dúvidas persistem. Ao que parece, tudo começou em 9 de novembro de 1919, quando um personagem com os traços muito parecidos com o nosso Gato Felix chamado Master Tom, que foi desenvolvido dentro do estúdio de animação de Pat Sullivan, com direção do caricaturista e animador Otto Messmer, distribuído pela Paramount Pictures e que foi denominado de "Feline Follies".
A curta-metragem fez tanto sucesso, que logo em seguida Sullivan colocou no mercado um segundo curta com o personagem Master Tom denominado "The Musical Mews" e que também virou um enorme sucesso de público e bilheteria.
Nessa época um grande produtor da Paramount Pictures chamado John King sugeriu a Sullivan e Messmer mudar o nome do personagem Master Tom e assim surgiu o Gato Felix, constituídas pelas junções de dois nomes latinas felis (gato) + felix (sorte) e com esse novo nome o gato estreou seu terceiro filme de curta-metragem batizado como "The Adventures of Felix", que foi apresentado no dia 14 de dezembro de 1919.
Alguns anos mais tarde, em 1924, o animador/cartunista Bill Nolan redesenhou o gato, tornando-o mais um pouco mais gordinho e mais simpático. Inicialmente as curtas foram distribuídas pela Margareth J. Winkler entre os anos de 1922 até 1925, depois Sullivan assinou um acordo com a Educational Pictures que passou a distribuir as obras até 1928. Mais tarde, muitos curta-metragens foram re-distribuídos pela First National Pictures.
A partir de 1929, Sullivan fez outro acordo com a Copley Pictures que passou a distribuir as curtas até 1930. No ano de 1936 a Van Beuren Studios voltou a distribuir as curtas, mas as obras já não faziam tanto sucesso, devido ao surgimento da cor e também do som. Mas Sullivan ganhou muito dinheiro em sua época de glória, pois a utilizou maneira apropriada em merchadising os seus personagens na década áurea do Gato Felix na década de 20.
Sem dúvida, Pat Sullivan conhecia bem a potencialidade de seu personagem e explorou ao máximo sua capacidade. Em 1921, por exemplo, o Gato Felix serviu para vender os novos carros da Chevrolet, onde apareciam imagens gigantescas de Felix, com letreiros em neon, tornando a marca uma das mais famosos de Los Angeles.
O time New York Yankees adotaram o Gato Felix como mascote, Charles Lindbergh levou um boneco do Gato Felix em sua histórica travessia pelo Oceano Atlântico de avião e até vários esquadrões da marinha dos Estados Unidos, utilizaram com insígnias a figura de Felix. Até mesmo no Brasil, Monteiro Lobato utilizou a figura de Felix no capítulo "O Gato Felix" no livro "Reinações de Narizinho".
Em 1923, Messmer iniciou uma história em quadrinhos, que foi distribuída pela King Features Syndicate. Nesse mesmo ano, o Gato Felix chegava ao auge de sua fama com o curta-metragem "Felix in Hollywood", assim como o surgimento de outros personagens antagônicos como Willie Brown, o rato Skiddoo e os sobrinhos do Gato Felix: Inky, Dinky e Winky e também a sua noiva a bela Kitty.
Outros sucessos dessa época incluem: "Felix Revolts" (1923), "Felix goes Hungry" (1924), "Felix Strikes it Rich" (1924), "Felix finds Out" (1924), entre outros, de igual importância e sucesso. Em 1928, o Gato Felix era um personagem tão famoso e de sucesso que foi a primeira imagem a ser transmitida pela televisão quando a RCA utilizou um boneco de Felix, confeccionado em papel maché, para os experimentos e melhora de definição de imagem da nova televisão que estava ainda dando seus primeiros passos.
Não tardou muito para o surgimento de outros personagens parecidos ao Felix, tanto na aparência como em seu comportamento, tais como Juliu em "Alice Comedies" de Walt Disney, Waffles em "Aesop´s Film Fables" (Terrytoons) e em especial as adaptações realizadas por Bill Nolan sobre o personagem Krazy Kat, em 1925, que davam sinais de sua inspiração e influência do Gato Felix.
Na década de 20, o Gato Felix teve suas histórias desenhadas e narradas por Messmer, que também adornava vários produtos dos merchandisings do personagem. O sucesso era tanto que músicos do gabarito de Paul Whiteman chegaram a compor canções falando sobre o pequeno gato, chegando inclusive a ser uma das primeiras imagens a ser transmitidas pelas diversas emissoras que começavam a surgir mundo afora.
Muitos autores, porém, consideram que o Gato Felix não continuou a sua ascensão como um sucesso de cultura popular norte-americana e também fora dela, porque Sullivan e nem Messmer acreditavam muito no novo cinema falado, o que acabou comprometendo grandemente a suas obras, visto que o mercado já passava a exigir essa nova mercadoria.
Em 1927, a Educational Pictures, que fazia a distribuição dos curtas-metragens de Sullivan, propôs em várias ocasiões a sonorização de seus personagens, mas sempre obtinha recusa por parte deles. Provavelmente eles somente começaram a sentir os efeitos desta recusa, quando pouco tempo depois, Walt Disney lançou o curta-metragem "Steamboat Willie", que foi o primeiro desenho animado sonoro a utilizar sincronismo com uma banda de jazz.
Por volta de 1928, Sullivan começou as suas primeiras produções sonoras do Gato Felix e um ano depois, em 16 de outubro de 1929, foi anunciado o primeiro curta-metragem sonoro chamada "Film Daily", onde anunciavam que o Gato Felix apareceria cantando ao estilo de Al Jolson, mas a coisa não funcionou e segundo notícias da época, ninguém escutou nada.
A passagem do Gato Felix para o som se transformou num dos resultados mais desastrosos para a carreira de Sullivan, enquanto o rato de Disney continuava em grande ascensão chegando até a abafar os antigos sucessos do Gato Felix da época áurea do cinema mudo. Nem mesmo "Felix Woos Whoopee" ou "April Maze" que foram lançados em 1930 conseguiram chamar a atenção do novo público.
Até mesmo a Copley Pictures que fazia a distribuição dos desenhos de Sullivan acabou cancelando o seu contrato. Muitos planos foram feitos, mas nenhum deles chegou a ser efetivado. A gloriosa vida de Pat Sullivan começou a declinar. Em 1932, sua esposa Marjorie Sullivan faleceu e Pat entrou em depressão e ao alcoolismo, debilitando sua saúde, até sua memória.
Em 1933, Pat Sullivan morreu e seus herdeiros australianos se apropriaram dos personagens. Pouco tempo depois, antigos empregados de Sullivan como Hal Walker, Al Eugster e o advogado de Sullivan, Harry Kopp, deram a Messmer o crédito pela criação do Gato Felix, tendo como indicativo uma pequena animação criada por Messmer, que foram baseadas na figura de Charlie Chaplin, refletindo sobremaneira os seus trejeitos, sua roupa toda preta e os seus movimentos.
Dois anos depois, em 1935, o produtor da Van Beuren Studios, contactou Messmer para trabalhar para ele, mas ele recusou e em seu lugar foi contratado Burt Gillett, um ex-auxiliar de Messmer. Em 1936, Amadee J. Van Beuren obteve junto aos herdeiros de Sullivan um acordo para reutilizar novamente o personagem do Gato Felix para a produção de novos curtas-metragens sonoros e a cores, mas o projeto não passou de apenas três capítulos e foi imediatamente encerrada, pois a nova produção não conseguia agradar o público.
Assim mesmo Messmer continuou produzindo suas histórias em quadrinhos do Gato Felix até 1943 para a Dell Comics. Depois disso, o Gato Felix passou um bom tempo no ostracismo, mas com a popularização da televisão nos Estados Unidos, o gato ganhou um novo fôlego, assim em 1953, um novo artista das histórias em quadrinho chamado Joe Oriole começou a despontar em sua promissora carreira e conseguiu adquirir os direitos sobre o personagem do Gato Felix.
Oriolo passou a criar uma nova série utilizando o antigo personagem para a televisão, agregando-o novos personagens, tais como um sinistro Professor; seu inteligente sobrinho Poindexter, que tinha um QI altíssimo de 222; o assistente do Professor chamado Rock Bottom; um malvado robô denominado Cilindro e um esquimó muito amigo Vavoom, que passaram a ser dublados originalmente pelo ator Jack Mercer.
Também criou a bolsa mágica, com a qual o Gato Felix podia se converter em qualquer figura que ele desejasse ou necessitasse. A fórmula deu um bom resultado e o Gato Felix ressurgiu novamente das cinzas. Por essa mesma época, a Official Films comprou os antigos curtas-metragens de Sullivan e Messmer, sonorizou-as e distribuiu para serem apresentadas na televisão.
Joe Oriolo desenvolveu nessa época em torno de 260 episódios novos do Gato Felix e distribuiu para as televisões através da Trans-Lux a partir de 1958, mais voltados para o público infantil, utilizando o tema musical escrito por Winston Sharples, muito conhecido até os dias atuais:
TRILHA DE ABERTURA:


Felix the Cat

The wonderful, wonderful cat

Whenever he gets into a fix he reaches

into his bag of tricks.

Felix the Cat

The wonderful, wonderful cat

You laugh so much, your sides will ache,

your heart will go pitter-pat.

Watching Felix, the wonderful cat.

AUTOR: TV SINOPSE

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