The Adventures of Brisco County Jr era uma série do gênero western que misturava elementos de ficção científica e considerada por muitos autores como um descendente temático de outra série dos anos 60 chamada “The Wild Wild West” e um dos poucos faroestes apresentado na década de 90. O espetáculo narrava as aventuras de um advogado chamado Brisco Jr. que se torna um caçador de recompensas depois que uma gangue comandada por John Bly assassina seu pai, o Marechal County Brisco.
Nos primeiros episódios ele passa a ter um rival, cujo nome real James Lonefeather, conhecido como Lord Bowler, que também era um caçador de recompensas e competia com Brisco Jr. pelo dinheiro da captura, mas ao final da série ambos se tornam companheiros e amigos. Um outro participante ativo da série é um advogado chamado Sócrates Poole que geralmente age como contratante de Brisco Jr.. Ao final da série também se torna um grande amigo.
Brisco também uma paixão pela uma mulher muito trapaceira chamada Dixie Cousins. O espetáculo também se caracterizava pelo uso do clássico “cliffhangers”, onde o final de cada episódio terminava com Brisco metido em alguma enrascada, tais como amarrado numa serraria ou então lançado sobre uma areia movediça. O espectador precisava esperar o próximo episódio para saber como o nosso herói conseguiu sair de mais essa.
Em cada episódio Brisco enfrentava todos os tipos de pistoleiros fantásticos, vilões com grande habilidade e usando uma avançada tecnologia para a época, além disso, havia um permanente humor negro em quase todos os capítulos.
Até encerramento da série, Brisco conseguiu capturar 13 membros da gangue: John Bly, Big Smith, Jack Randolph, Brett Bonés, Blackberard LaCutte, Juno Dawkins, Doc McCoy, Ned Zed e Pepe Bendix. No episódio de número 20, denominado”Bye Bly”, Brisco e Bowler mencionam ter capturado todos os integrantes da gangue Bly.
A série foi apresentada originalmente pela rede Fox, nos Estados Unidos, entre 27 de agosto de 1993 a 20 de maio de 1994, num total de 27 episódios. Posteriormente foi distribuída em syndication e também exibida pelo canal a cabo Turner Network Television (TNT) entre janeiro de 1996 a janeiro de 2001.
Thriller foi uma série de TV apresentada originalmente nos Estados Unidos, pela rede NBC, entre 1960 até 1962, em duas temporadas consecutivas, num total que varia de 57 episódios a 70, conforme autores. O espetáculo tinha como anfitrião o ator, considerado como “o rei do terror” Boris Karloff, que introduzia uma mistura divertida de contos macabros de terror e thrillers de grande suspense. Thriller, ao lado de The Twilight Zone, The Outer Limites e Alfred Hitchcock Presents são considerados como as grandes antologias da televisão dos anos 60.
A série foi criada por Hubbell Robinson para a Revue Studios, que mais tarde foi comprada pela Universal Studios e produzido por Fletcher Markle, William Frye e Maxwell Shane, com roteiros freqüentemente baseados em contos de autores importantes, dos quais dezoito já haviam aparecido numa revista de mistério e terror, chamada Weird Tales.
Robert Bloch inclusive adaptou várias de suas histórias. Durante os primeiros oito capítulos, Fletcher Markle e James P. Cavanaugh foram os produtores e também editores das histórias respectivamente. Logo depois, eles foram reescritos por Maxwell Shane e William Frye.
Também diretores veteranos da série Twilight Zone participaram da série, como Douglas Heyes e John Brahm e o próprio diretor de One Step Beyond, John Newland, assim como vários atores que dirigiram alguns episódios tais como Paul Henreid, Ida Lupino, Ray Miland, entre outros. No início, as histórias eram orientadas para os mistérios e policiais, mas aos poucos foi tomando rumos sobrenaturais e de terror.
A série foi indicada para alguns prêmios como melhor exibição televisiva em 1962, mas o melhor prêmio foi ter conseguir cativar toda uma geração de espectadores. Boris Karloff foi mantido como sinônimo de terror, apesar do público conhecer plenamente a sua carreira, desde a época dos filmes da Universal Pictures, durante a década de 30.
A série serviu também para prolongar a carreira anciã de Boris, que reiniciou novamente sua carreira cinematográfica, pois já não filmava desde 1958, aparecendo em vários filmes até a sua morte em 1969.
Boris Karloff, sempre foi um personagem voltado para a tela pequena, desde os primórdios da televisão norte-americana. Já em 1949 apareceu em “The Monkey´s Paw”, num dos mais notáveis episódios da série Suspense. Nesse mesmo ano lançou a série Mistery Playhouse Starring Boris Karloff, exibido pela rede ABC. Boris apresentava cada episódio e eventualmente protagonizava alguns.
Em Thriller, os episódios tinham freqüentemente mais que um criminoso, embora as adaptações de Jack Vance em “Man in a Cage” foram simplesmente memoráveis. Karloff também atuava como ator em diversos episódios, outros incluíram atores famosos como William Shatner, por exemplo. Stephen King, um dos maiores autores de história de terror e suspense, considera e sugere que Thriller foi a melhor série desse tipo de história da televisão norte-americana.
Essa série foi tão popular que acabou saindo uma coleção contendo contos de terror, cujos primeiros números tiveram o titulo de Boris Karloff Thriller (1962-1963). Essas publicações da editora Gold Key tiveram continuação com Boris Karloff´s Tale of Mystery, que saiu a partir de 1963 com seu número 3 e durou quase duas décadas. Os contos de Boris Karloff´s Tales of Mystery continuaram a ser publicada depois de muito tempo da morte do anfitrião, finalizando com o número 97 em janeiro de 1980.
Boris Karloff, cujo verdadeiro nome era William Henry Pratt, nasceu no dia 23 de novembro de 1887, em Camberwell, Londres, Inglaterra, filho de Edward John Pratt Jr e de sua terceira esposa Eliza Sarah Millard. Apesar de nascido em Camberwell, foi praticamente criado em Enfield até chegar a Universidade de Londres, onde queria se unir ao corpo diplomático, como seu irmão Sir John Henry Pratt, que posteriormente se tornou um famoso diplomata.
Por volta de 1909 viajou para o Canadá onde trocou seu nome para Boris Karloff e por questões de saúde não lutou na Primeira Guerra Mundial. Depois foi para os Estados Unidos, em Hollywood onde iniciou suas partipações em diversos filmes mudos da época, até se consagrar por volta de 1931, onde interpretou magnificamente o monstro Frankenstein.
Um ano depois interpretou outro personagem, A Múmia e se personificou como um ator de filmes de terror em vários filmes para a Universal Pictures. Entre seus filmes famosos se destacam A noiva de Frankenstein (1935), O Filho de Frankenstein (1939), The Black Cat (1934) e O Corvo de 1935, entre outros.
Apesar de ficar mundialmente famoso pelas suas interpretações de monstros, ele era conhecido na vida real como um verdadeiro cavalheiro e um homem muito generoso. Depois de atuar muitos anos no cinema, passou a fazer participações na televisão onde interpretou outros tipos de personagens, mas nunca conseguiu se livrar do estigma dos papéis monstruosos que interpretou.
Boris é também considerado com um dos grandes atores clássicos do cinema de terror, ao lado de Lon Chaney Jr (Lobisomem) e Bela Lugosi, que ficou famoso como Drácula. Boris Karloff morreu no dia 2 de fevereiro de 1969, devido a uma forte pneumonia no King Edward VII Hospital, em Sussex, Inglaterra, aos 81 anos de idade. Posteriormente seu corpo foi cremado.
Por sua grande contribuição a indústria cinematográfica, ele foi outorgado com duas estrelas na Calçada da Fama de Hollywood. Uma estrela por seus filmes no cinema em 1737 Vine Street e por sua atuação na televisão em 6664 Hollywood Boulevard.