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terça-feira, 20 de outubro de 2015

HOMENAGEM DA SEMANA - MEL BROOKS

Mel Brooks, nome artístico de Melvin Kaminsky, é um ator e cineasta norte-americano de origem judaica.
Nome completo Melvin Kaminsky
Nascimento 28 de junho de 1926 (89 anos)
Nova Iorque, EUA
Ocupação Ator e cineasta

Biografia

Foi o vencedor do Oscar em 1968 pelo filme Primavera para Hitler (que refilmou em 2005), além de diversas outras indicações. Tornou-se conhecido pela produção (em parceria com Buck Henry) da série de TV O Agente 86 (BR), exibida no período de 1965-1970. Sua especialidade é a paródia dos diversos gêneros cinematográficos: depois de satirizar os filmes de agente secreto com o impagável Agente 86 (interpretado por Don Adams), a partir da década de 70 Brooks faria o mesmo com os western (Banzé no Oeste, com um xerife negro), terror (O Jovem Frankenstein e Drácula - morto mas feliz), aventura (A louca louca história de Robin Hood), Suspense (Alta Ansiedade), filmes bíblicos (História do Mundo - parte 1), ficção científica (S.O.S. - Tem um louco solto no espaço) e cinema mudo (A última loucura de Mel Brooks).

Gosta de dirigir um grupo seleto de comediantes, que se repetem em seus filmes, sejam como protagonistas, sejam em participações especiais: (Gene Wilder, Dom DeLuise — que apareceu em 12 filmes de Brooks — Madeline Kahn), além de sua esposa Anne Bancroft que trabalhou com ele em Sou ou Não Sou? e A Última Loucura de Mel Brooks.

Lista de filmes do cineasta

2005 - Os produtores (The Producers) (voz)
2005 - Robôs (Robots) (voz)
2002 - It's a very merry Muppet Christmas movie (TV)
2000 - Sex, lögner & videovald
1999 - Um convite italiano (Svitati)(Screw Loose)
1998 - O príncipe do Egito (The Prince of Egypt) (voz)
1995 - Drácula- Morto, mas feliz (Dracula: Dead and Loving It)
1994 - Os batutinhas (The Little Rascals)
1994 - Loucos, birutas e debilóides (Il silenzio dei prosciutti)(The Silence of the Hams)
1993 - A louca louca história de Robin Hood (Robin Hood: Men in Tights)
1991 - Que droga de vida (Life Stinks)
1990 - Olha quem está falando também (Look Who's Talking Too) (voz)
1987 - S.O.S. - Tem um louco solto no espaço (Spaceballs)
1983 - Sou ou não sou (To Be or Not to Be)
1981 - História do mundo-Parte 1(History of the World: Part 1)
1979 - The Muppet movie (The Muppet Movie)
1979 - The Muppets go Hollywood (TV)
1977 - Alta ansiedade (High Anxiety)
1976 - A última loucura de Mel Brooks (Silent Movie)
1974 - O jovem Frankenstein (Young Frankenstein) (voz)
1974 - Banzé no oeste (Blazing Saddles)
1970 - Banzé na Rússia (The Twelve Chairs)
1968 - The Producers
1965 - Agente 86 (Get Smart) (TV)
1963 - The Critic (voz) (curta-metragem)

Prêmios

Ganhou o Oscar de Melhor Argumento Original, por seu trabalho em "The Producers" (1968).
Recebeu uma nomeação ao Óscar, na categoria de Melhor Argumento Adaptado, por seu trabalho em "Young Frankenstein" (1974).
Recebeu uma nomeação ao Oscar, na categoria de Melhor Canção Original, pela canção "Blazing Saddles", de "Blazing saddles" (1974).
Recebeu duas nomeações ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Actor - Comédia/Musical, pelo desempenho em "Silent movie" (1976) e "High anxiety" (1977).
Recebeu uma nomeação ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Argumento, por "The Producers" (1968).
Recebeu uma nomeação ao BAFTA, na categoria de Melhor Argumento, por "Blazing saddles" (1974).
Mel Brooks é uma das poucas pessoas a receberem um Oscar (prêmio de cinema),um Grammy (prêmio de música),um Emmy (prêmio de TV) e um Tony (prêmio de teatro).Todos esses prêmios,os maiores em sua categoria: Cinema, Música, TV e Teatro.

FILME A HISTÓRIA DO MUNDO PARTE 1:
SLIDES:

FONTE: WIKIPÉDIA
AUTOR: RECORDANDO SÉRIES

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

HOMENAGEM DA SEMANA - PETER O'TOOLE

Peter O'Toole como Lawrence da Arábia.

Nome completo Peter James O’Toole

Nascimento 2 de agosto de 1932 - Connemara, Irlanda

Morte 14 de dezembro de 2013 (81 anos) - Londres, Inglaterra

Ocupação Ator

Atividade 1954 – 2012

Cônjuge Siân Phillips (1959-1979; divorciado)

Oscares da Academia

Prémio Honorário do Oscar

2003 - Oscar Honorário

Emmys

Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie

1999 - Joan of Arc

Globos de Ouro

Melhor Ator - Drama

1964 - Becket

1968 - The Lion in Winter

Melhor Ator - Comédia ou Musical

1969 - Goodbye, Mr. Chips

Melhor Ator Estreante

1963 - Lawrence da Arabia

Prémios BAFTA

Melhor Ator Principal

1963 - Lawrence da Arabia

Peter James O’Toole (Connemara, 2 de agosto de 1932 — Londres, 14 de dezembro de 2013[1] [2] ) foi um ator irlandês. Era pai da atriz Kate O'Toole e do ator Lorcan O'Toole. Na sua carreira teve nomeações para oito Oscars, e deteve o recorde de mais indicações sem nenhuma vitória. Ganhou quatro Globos de Ouro, um BAFTA e um Emmy, e foi distinguido com um Oscar honorário em 2003, pela globalidade do seu trabalho.

Vida
Peter James O'Toole nasceu em 1932. Filho de Jane Constance, uma enfermeira escocesa, e Patrick Joseph O'Toole, um irlandês. Foi criado na religião cristã católica e no início da Segunda Guerra Mundial estudou numa escola católica.

"Eu costumava ter medo das freiras: toda sua negação da feminilidade - os vestidos pretos e o rapar todo cabelo - foi tão horrível, era terrível".
— Peter O'Toole sobre a escola de freiras

Ao sair da escola O'Toole obteve emprego de estagiário como jornalista e fotógrafo, até que ele foi chamado para o serviço nacional. Em 1952 O'Toole conseguiu uma bolsa de estudos na Royal Academy of Dramatic Art (RADA). Na RADA, ele estudava na mesma classe de Albert Finney, Alan Bates e Brian Bedford.
Peter O'Toole em Lawrence da Arábia.

Carreira
O'Toole começou a trabalhar no teatro, antes de fazer sua estreia na televisão em 1954. Ele apareceu pela primeira vez no cinema em 1959 em um pequeno papel. Ele veio a ganhar seu maior reconhecimento ao interpretar T. E. Lawrence no filme de David Lean Lawrence da Arábia de 1962, depois que Marlon Brando e Albert Finney recusaram o papel. O papel lhe apresentou para o público dos Estados Unidos e lhe rendeu a primeira das suas oito indicações para o Oscar de melhor ator.

O'Toole ainda interpretou grandes papéis como o Rei Henrique II da Inglaterra em Becket de 1964 e em The Lion in Winter de 1968. O'Toole interpretou também Hamlet sob direção de Laurence Olivier. Ele também apareceu na produção de Seán O'Casey Juno e cumpriu uma ambição de sua vida quando subiu no palco da capital irlandesa no Abbey Theatre em 1970, ao interpretar Samuel Beckett ao lado Donal McCann. Em 1980, ele recebeu a aclamação da crítica ao interpretar o diretor no filme por trás das cenas de O Fugitivo. O'Toole foi indicado ao Oscar em 1982 pela comédia My Favorite Year, que fala sobre a luz por trás dos bastidores em um show de variedades da TV na década de 1950.

Em 1972, ele interpretou Miguel de Cervantes em sua criação ficcional de Don Quixote em Man of La Mancha, em uma adaptação cinematográfica do musical da Broadway de 1965, ao lado de Sophia Loren. O filme foi amplamente criticado pela crítica especializada e pelo público na época, mas o filme se tornou um dos maiores sucessos em videocassete e DVD.

O'Toole ganhou um prêmio Emmy por seu papel na mini-série de 1999 Joan of Arc. Ele foi mais uma vez nomeado para Oscar de melhor ator em 2006 por sua interpretação como Maurice em Venus, dirigido por Roger Michell, como sua oitava nomeação. Mais recentemente, O'Toole co-estrelou o filme da Pixar Ratatouille, um filme animado sobre um rato com um sonho de se tornar o maior cozinheiro de Paris, onde ele interpretou Anton Ego, um crítico gastronômico.

Vida pessoal
Em 1959, casou-se com a atriz galesa Siân Phillips, com quem teve duas filhas: Kate (1960-) Patricia (1963-). Peter e Sian se divorciaram em 1979. Phillips revelou mais tarde em duas autobiografias que O'Toole a havia submetido à crueldade mental em grande parte alimentada por beber em demasia. E estava sujeito a crises de ciúme extremo, quando ela finalmente o deixou por um amante mais jovem. De um relacionamento com a modelo Karen Brown[3] , nasceu seu terceiro filho, Lorcan (1983-).

Uma doença grave quase terminou sua vida no final de 1970. Devido à sua bebedeira e um defeito digestivo, desde o nascimento, ele passou por uma cirurgia em 1976 para ter seu pâncreas e grande parte do estômago removido. Em consequência da cirurgia, ficou dependente da insulina. Em 1978 ele quase morreu de uma doença no sangue. O'Toole, eventualmente, se recuperou e voltou a trabalhar, embora ele achasse mais difícil de conseguir papéis em filmes, resultando isto em mais trabalho para a televisão e papéis no palco ocasionalmente. No entanto, ele apareceu em 1987 no filme O Último Imperador, onde interpretou o tutor escocês Sir Reginald Fleming Johnston.

Peter O'Toole residia em Clifden, no condado de Galway, na Irlanda desde 1963 e no auge de sua carreira manteve casas em Dublin, Londres e Paris, mas agora mantém apenas sua casa em Londres. Enquanto estudava na RADA no início dos anos 1950 ele era ativo nos protestos contra os britânicos no envolvimento na Guerra da Coreia. Mais tarde, na década de 1960, ele foi um adversário ativo da Guerra do Vietnã.

Apesar de ter perdido a fé na religião organizada quando adolescente, O'Toole manifestou sentimentos positivos em relação à vida de Jesus Cristo. Em uma entrevista para The New York Times, ele disse:

"Ninguém pode levar Jesus para longe de mim … não há nenhuma dúvida de que houve uma figura histórica de grande importância, com noções enormes. Como a paz"
— Peter O'Toole em entrevista ao The New York Times

Peter O'Toole faleceu aos 81 anos em Londres, em um domingo, 15 de dezembro de 2013.

Ano            Filme                Papel                             
1960 Kidnapped Robin MacGregor
1960 The Day They Robbed the Bank of England Captain Fitch
1960 The Savage Innocents First Trooper
1962 Lawrence da Arabia T. E. Lawrence
1964 Becket Rei Henrique II da Inglaterra
1965 Lord Jim Lord Jim
1965 What's New Pussycat? Michael James
1965 The Sandpiper (voice)
1966 How to Steal a Million Simon Dermott
1966 The Bible: In the Beginning… The Three Angels
1967 The Night of the Generals General Tanz
1967 Casino Royale Piper
1968 The Lion in Winter Rei Henrique II da Inglaterra
1968 Great Catherine Capt. Charles Edstaston
1969 Goodbye, Mr. Chips Arthur Chipping
1970 Country Dance Sir Charles Ferguson
1971 Murphy's War Murphy
1972 Under Milk Wood Captain Tom Cat
1972 The Ruling Class Jack Gurney, 14th Earl of Gurney
1972 Man of La Mancha Don Quixote de La Mancha/ Miguel de Cervantes/Alonso Quijana
1975 Rosebud Larry Martin
1975 Man Friday Robinson Crusoe
1976 Foxtrot Liviu
1976 Rogue Male Sir Robert Thorndyke
1978 Power Play Colonel Zeller
1979 Zulu Dawn Lord Chelmsford
1979 Calígula Tiberius Julius Caesar Augustus
1980 The Stunt Man Eli Cross
1981 Masada General Cornelius Flavius Silva
1982 My Favorite Year Alan Swann
1983 Sherlock Holmes and the Valley of Fear Sherlock Holmes
1983 Sherlock Holmes and a Study in Scarlet Sherlock Holmes
1983 Sherlock Holmes and the Sign of Four Sherlock Holmes
1984 Supergirl Zaltar
1985 Creator Harry
1986 Club Paradise Governor Anthony Cloyden Hayes
1987 The Last Emperor Sir Reginald Johnston
1988 High Spirits Peter Plunkett
1989 As Long as It's Love Prof. Yan McShoul
1990 The Rainbow Thief Prince Meleagre
1990 Wings of Fame Cesar Valentin
1990 The Nutcracker Prince Pantaloon
1991 King Ralph Sir Cedric Charles Willingham
1992 Rebecca's Daughters Lord Sarn
1992 Isabelle Eberhardt Maj. Lyautey
1993 The Seventh Coin Emil Saber
1997 FairyTale: A True Story Arthur Conan Doyle
1998 Phantoms Dr. Timothy Flyte
1998 Coming Home Colonel Edgar Carey-Lewis
1999 The Manor Mr. Ravenscroft
1999 Molokai: The Story of Father Damien William Williamson
1999 Joan of Arc Bishop Cauchon
2002 Global Heresy Lord Charles Foxley
2002 The Final Curtain J. J. Curtis
2003 Bright Young Things Colonel Blount
2003 "Augustus: O Primeiro Imperador" Augusto
2004 Troy Priam
2005 Lassie The Duke
2005 Casanova Giacomo Casanova velho
2006 Venus Maurice
2006 One Night with the King Samuel
2007 Ratatouille Anton Ego
2007 Stardust King of Stormhold
2008 Dean Spanley Fisk Senior
2008 Thomas Kinkade's Home for Christmas Glen Wesman
2009 Love and Virtue Atlantes
2009 God's Spy
2010 Mary Mother of Christ Symeon
2011 Katherine of Alexandria Gallus
2011 Cristiada
2011 Eldorado Narrador

BIOGRAFIA:
SLIDES:
FONTE: WIKIPÉDIA
AUTOR: RECORDANDO SÉRIES

terça-feira, 6 de outubro de 2015

HOMENAGEM DA SEMANA - HAROLD LLOYD

Harold Lloyd é geralmente considerado um dos três mestres supremos da comédia cinematográfica ao lado de Charles Chaplin e Buster Keaton, mas não possuía o gênio criativo ou a visão artística dos dois eméritos contemporâneos.
Lloyd encarava a comédia de modo prático e, com a mentalidade organizacional de homem de negócios, controlava escrupulosamente a qualidade dos seus produtos. Para isso, mantinha a melhor equipe de inventores de gags na época, que o ajudavam na formulação de histórias e idéias. Esses homens eram creditados nos filmes de Lloyd como diretores ou roteiristas – Sam Taylor, Fred Newmeyer, Ted Wilde, Jay A. Howe, Lex Neal, Jean Havez, Thomas J. Crizer, Tim Whelan, Thomas J. Grey, John Grey, Clyde Bruckman, Howard Green, Howard Emmett Rogers. E Harley M. “Beanie” Walker, foi o criador dos saborosos intertítulos de praticamente todas as comédias de 1917 a 1923).

Entretanto, Lloyd supervisionava todos os estágios da produção, selecionava os melhoresgags e praticamente dirigia todas as comédias, utilizando os diretores somente para cuidarem dos detalhes ou corrigirem falhas de interpretação.

Seu personagem mais famoso preenchia o Sonho Americano de que qualquer homem comum poderia obter tudo à custa de esforço. Era o herói cômico da classe média da geração da Era do Jazz, um simplório otimista, impetuoso, insolente, na sua frenética e agressiva busca de sucesso.

A receita de Lloyd baseava-se na velha idéia de um fraco e inocente rapaz enfrentando dificuldades num mundo cheio de gente esperta, vencendo-as com imprevista capacidade e coragem. Para o jovem de óculos com aros de tartaruga, chapéu de palha e dentes expressivos, não existia o impossível e essa impressionante disposição para triunfar sobre as adversidades, sua desenvoltura e dinamismo, refletiam-se no ritmo dos filmes, principalmente nas perseguições vertiginosas dos desenlaces.
Muito lembrada é, por exemplo, aquela seqüência em O Maricas / Girl Shy / 1924, quando Lloyd, balconista de uma loja, para evitar o casamento da namorada com um vilão, atravessa toda a cidade em desabalada carreira e usa desde o automóvel ao cavalo, passando por motocicleta, bonde e carroça.

Se Lloyd foi pouco sutil como artista, compensou isto vivendo com muita graça as situações de perigo imaginadas por seus humoristas, realizando acrobacias incríveis, ainda mais quando se sabe que o ator perdera quase a metade da mão direita.

O acidente ocorreu ao posar para uma foto de publicidade, na qual acendia o cigarro no pavio de uma bomba de brinquedo. Por engano, deram-lhe uma bomba de verdade, que estava misturada entre os adereços no almoxarifado do estúdio. O ator só escapou com vida porque abaixou a mão que segurava a bomba no exato momento em que ela explodiu.

Nas suas “comédias de arrepios”, as virtudes atléticas do comediante se evidenciavam ainda mais. Vale a pena transcrever o trecho de James Agee sobre O Homem Mosca /Safety Last / 1923, em memorável ensaio: “Como mero amador Lloyd se vê obrigado a substituir um “mosca humana” e a escalar um edifício. Coisas terríveis lhe acontecem. Ele se embaralha numa rêde de tênis. Pipocas caem de uma janela sobre sua cabeça; pombos o tratam como se ele fosse uma mistura de carrinho de sorvete com São Franciso de Assis. Um rato entra por dentro da calça e a multidão, embaixo, aplaude a sua dança desesperada no peitoril de uma janela. Boa parte desse filme de longa-metragem se apóia nessa movimentação pela fachada do prédio. Cada andar é como uma nova estrofe de um poema; e quanto mais ele sobe e mais aterrorizante fica sua situação, mais divertido ele se torna”.
Harold Clayton Lloyd nasceu a 20 de abril de 1893 em Burchard, Nebraska, EUA, filho de James Darsie Lloyd e Elizabeth Fraser. Aos dez anos de idade, Lloyd pisou pela primeira vez no palco no papel do filho de Banquo em Macbeth. Quatro anos depois, já como estudante na Burwood Stock Company de John Lane Connor, ele trabalhou na peça Tess of the D’Ubervilles. Daí para diante foi adquirindo muita experiência naquela escola de arte dramática e depois na Connor School of Expression em San Diego, Califórnia.

Um dia, uma equipe da firma Edison chega a San Diego para uma filmagem e vai até a escola de Connor a fim de contratar alguns alunos como figurantes. Lloyd foi um dos aprovados: “Escolheram-me para ser um índio seminu. Assim que me pintei todo de marrom, começou a chover”.

Após esta experiência, Lloyd partiu para Los Angeles e a primeira coisa que fez foi visitar a velha companhia Edison, onde ficou o tempo suficiente para sentir que o Cinema era um negócio fascinante.

Lloyd então começou a procurar trabalho num grande estúdio como a Universal. Ele percebeu que os atores usando maquilagem passavam tranqüilamente pelo portão do estúdio. No dia seguinte, usando alguma maquilagem no rosto, Lloyd se misturou entre os atores que voltavam do almoço num restaurante próximo e deu um jeito de permanecer lá dentro.

Lloyd atuou como figurante em vários filmes juntamente com Hal Roach, que também estava na firma de Carl Laemmle na condição de extra, e depois os dois tiveram oportunidade de interpretar pequenos papéis.

De repente, Roach recebe uma herança, funda a Rolin Film Company e chama Lloyd para fazerem comédias de dois rolos, alternando-as com comédias de um rolo. Lloyd era o comediante principal dessa nova companhia, que também incluía o ator dramático Roy Stewart e a “leading lady” Jane Novak. Nessa ocasião, Lloyd desenvolveu o seu primeiro personagem na tela, Willie Work, que era uma imitação de Carlitos. No futuro, Lloyd ficava sempre envergonhado quando se falava dessa sua fase imitativa e foi provavelmente um alívio para ele o fato de que apenas uma das comédias com Willie Work, Just Nuts / 1915, tenha sobrevivido.
Por causa de uma divergência com relação a salário – Roach pagava o dobro para Roy Stewart – Lloyd saiu da Rolin e arranjou emprego no famoso estúdio da Keystone, dirigido por Mack Sennett. Ali Lloyd participou de pelo menos seis filmes de fevereiro a julho de 1915.

Pouco depois, Roach o chamou de volta e foi desta vez que nasceu – no filme Spitball Sadie / 1915 – o personagem Lonesome Luke (personagem conhecido no Brasil como Hipólito), vestido com roupas bem justas e um bigodinho que consistia em dois pingos de maquilagem. Como observou Agee, embora Lonesome Luke fosse exatamente o oposto de Carlitos e seus gestos os mais antichaplinianos possíveis, Lloyd logo se deu conta de que fazer algo apenas em oposição ao outro era uma forma de aprisionamento.
Nos meados dos anos 10, quanto mais diferente o comediante fosse das pessoas reais, mais engraçado pareceria aos olhos do público. O cômico arrancava o riso pela sua aparência grotesca ou excêntrica e não necessariamente pelo personagem que interpretava. Lloyd queria mudar isso. Ele descobriu sua própria identidade cômica ao ver um filme de longa-metragem dramático. “O personagem principal, que era um pastor, usava óculos com aros de tartaruga. Este personagem chamou minha atenção na época, porque ele não correspondia á sua aparência. Você pensava que ele era um homem frágil, porém, na verdade, ele era um machão, que dava uma idéia falsa de si mesmo”.

Partindo desta idéia, Lloyd começou a construir um novo tipo, não grotesco nem excêntrico, mas um jovem comum que usava óculos. Era um personagem que parecia nunca ter a chance de superar quaisquer obstáculos. Porém ele tinha muita determinação e por mais difícil que fosse a situação na qual se via envolvido, ia em frente e eventualmente conseguia sair vitorioso. “Este rapaz de óculos poderia ser seu vizinho, alguém que você conhecia. Você poderia colocá-lo numa cena de romance e ao mesmo tempo numa cena de comédia de pastelão”.

E, o que era mais importante para Lloyd, ele seria capaz de atuar como ator e não se esconder (e ser definido) sob o vestuário e sob a maquilagem. Ele poderia vestir roupas normais, fazer coisas normais e parecer física e psicologicamente normal.

O Personagem de Óculos, que estreou em setembro de 1917 no filme Over the Fence, (uma das duas únicas vezes que Lloyd recebeu crédito como diretor; a outra foi em JustNeighbors / 1919) era bem diferente de Lonesome Luke.

Como sintetizou Annette D’Agostino Lloyd em seu magnífico livro Harold Lloyd – Magic in a Pair of Horn-Rimmed Glasses, BearManor Media, 2009), ele não usava mais roupas que enfatizavam as diferenças entre a platéia e o personagem – agora, o adorno da persona fílmica espelhava a platéia; agora, o aspecto do personagem era representativo do próprio público que ele estava divertindo.
Os dois primeiros longas-metragens de Lloyd foram Marinheiro de Água Doce / A Sailor-Made Man / 1921 e O Predileto da Avozinha / Grandma’s Boy / 1922, mas nenhum dos dois começou como tal – seu primeiro filme premeditadamente de longa-metragem foi AsReceitas do Dr. Jack / Dr. Jack, lançado em dezembro de 1922.

No final de sua vida, Lloyd costumava apontar como seus filmes favoritos, O Predileto da Avozinha, O Homem-Mosca / Safety Last / 1923, O Calouro / The Freshman / 1925, O Caçula / The Kid Brother / 1927. Quem quiser conhecer os filmes de Lloyd pode adquirir a excelente caixa com sete dvds, The Harold Lloyd Classic Collection,. da New Line.
Por volta de 1920, Lloyd estava consagrado como um astro importante e Roach ampliando seus próprios horizontes, produzindo as comédias com Os Peraltas (Our Gang), O Gordo e o Magro (Laurel and Hardy), Will Rogers, Snub Pollard e Charley Chase. As preocupações de Roach combinadas com o desejo de Lloyd de exercer maior controle sobre seus filmes, precipitaram a separação dos dois após o término da filmagem de Milagres do Azar / Why Worry? / 1923.
Assim nasceu a Harold Lloyd Corporation, cujas operações começaram com a realização de O Maricas / Girl Shy / 1924. Em 1927 a companhia criou uma divisão denominada “Hollywood Productions”, com o propósito específico de produzir as comédias de Edward Everett Horton.

Em 23 de maio de 1926, Lloyd escreveu um artigo para o New York Times intitulado “O Público é o Doutor”, no qual mostrou uma faceta do seu estilo como realizador de filmes, que ele havia adotado uma década atrás, no tempo das comédias Lonesome Luke de um rolo: a pré-estréia. Ele escreveu: “O público sabe melhor do que ninguém o que é engraçado…se ele gostam do que você tem para oferecer, eles demonstram seu agrado com gargalhadas espontâneas. Se eles não gostam, você pode ficar sabendo pelos suspiros prolongados … o público é eminentemente justo”. Um grande número de comédias de Lloyd seria bem diferente se ele não tivesse utilizado a pré-estréia, ou um teste de reação do público antes do lançamento do filme. Algumas vezes Lloyd promovía cinco, seis, sete pré-estréias. Após cada uma, levava o filme de volta para o estúdio, cortava as cenas que não haviam agradado ou as refazia, aperfeiçoando sempre, até ter certeza de que o filme estava pronto para receber uma boa acolhida.

A parceira de Lloyd em muitas das comédias era a morena Bebe Daniels. Quando Bebe deixou Roach, a loura Mildred Davis ocupou o seu lugar e se casou com Lloyd, abandonando a carreira dois anos depois. “Uma pessoa engraçada na família é o bastante” – disse ela aos repórteres. Quem a substituiu foi Jobyna Ralston.

O casal viveu junto até a morte de Lloyd em 8 de março de 1971, na Califórnia, vitimado pelo câncer, e teve três filhos: Mildred Gloria, Harold Jr. e a adotiva Peggy.

. A fórmula simples – “risos, emoção, um romance ingênuo e então mais risos” – fez de Lloyd uma tremenda atração de bilheteria e um dos astros mais ricos do Cinema. Ao falecer, deixou mais de cinco milhões de dólares para os três filhos e a neta Suzanne e dispôs por testamento que a sua fabulosa mansão em Beverly Hills, chamada de Greenacres, seria tranformada em museu.
Os filmes falados de Harold Lloyd foram melhores do que os filmes falados de Buster Keaton, mas também – salvo talvez Cinemaníaco / Movie Crazy / 1932 – não alcançaram o mesmo nível artístico de seus filmes mudos.
Em 1952, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas outorgou a Harold Lloyd um Oscar especial com a inscrição: “Para Harold Lloyd, Mestre da Comédia e Bom Cidadão”.

Agee estava certo ao dizer que “se a grande comédia exige algo mais do que o riso, Harold Lloyd não foi um grande comediante, mas se o riso simples for o único critério, poucos o igualaram e ninguém jamais o superou”.

VÍDEO BIOGRAFIA:
FILME O HOMEM MOSCA:
FILMOGRAFIA

Vou mencionar apenas os filmes mudos de Harold Lloyd exibidos no Brasil com os respectivos títulos em português (fruto de uma pesquisa feita anos atrás com a colaboração de Gil Azevedo Araújo). Não se sabe quantas comédias da série Willie Work foram feitas, porque os arquivos da Rolin eram desorganizados e muitos filmes não chegaram a ser vendidos ou nem mesmo lançados ou levados ao registro de propriedade autoral. Da série Lonesome Luke foram produzidas 67 comédias, sendo 53 em um rolo e 14 em dois rolos – nas comédias produzidas de agosto de 1915 a abril de 1916 foi usada a marca Rolin Phunphilms. 

As primeiras comédias com o personagem de óculos foram de um rolo e exibidas durante três meses em alternância com as comédias de dois rolos da série Lonesome Luke. 1917 – ASTÚCIAS DE VERGOTO / Lonesome Luke, Plumber; HIPÓLITO MENSAGEIRO / Lonesome Luke, Messenger; HIPOLITO MECÂNICO / Lonesome Luke, Mechanic; A LINHA ENCANTADA / Lonesome Luke’s Wild Women; DESTEMPERO DE UM PERALTA / Lonesome Luke in Love, Laughs and Lather / MARMELOS E MARMELÕES /Lonesome Luke in When Clubs are Trump; CAIPORA / Pinched; CENAS A BEIRA-MAR / By the Sad Sea Waves; NAMORANDO POR VÍCIO / The Flirt; A BORDO ou TODOS A BORDO /All Aboard; AVIA -TE LESMA / Move On; MENINO ASSANHADO / Bashful . 1918 – A GORJETA / The Tip; UMA GRANDE IDÉIA / The Big Idea; TÍMIDO COMO UM CORDEIRO /The Lamb; CASAMENTO A GASOLINA / A Gasoline Wedding; QUESTÃO DE JEITO / Here Come the Girls; SIGA A MULTIDÃO / Follow the Crowd; AS APARÊNCIAS ENGANAM / Sic’ Em Towser; É ELE / That’s Him; DELÍCIAS DAS PRAIAS / Why Pick on Me?; SEMPRE EM DIFICULDADES / Nothing but Trouble; COMO GRITAM AQUELES MALDITOS / Hear’ Em Rave. 1919 – PRECISA-SE DE MIL DÓLARES / Wanted $5000; FALE COM PAPAI / Ask Father; NO FOGÃO / On the Fire; CUIDADO LÁ EMBAIXO / Look out Below; PANCRÁCIO, EMPREGADO IMPROVISADO / Next Aisle Over; LEVANTA O PANO / Ring up the Curtain; SIM, SENHOR / Si Senor; CAÇAR E SAIR CASADO / Back to the Woods; PARTIU O BONDE / Off the Trolley; A FEBRE DA VADIAGEM / Spring Fever; VIZINHOS INSEPARÁVEIS / Just Neighbors; PORTA DO PALCO / At the Old Stage Door; UMA LUA-DE-MEL TEMPESTUOSA / A Jazzed Honeymoon; VÍTIMA DO BULDOGUE / Count Your Change; NO BAIRRO CHINÊS / Chop Suey and Company; CACIQUE PALERMA / Heap Big Chief; NÃO EMPURRA / Don’t Shove; QUERES SER MINHA ESPOSA? / Be my Wife; O RAJÁ ou LLOYD E O MACACO / The Rajah; DINHEIRO À BEÇA / Soft Money; APURANDO OS VOTOS / Count the Votes; PAGUE SUA CONTA / Pay Your Dues; SEU ÚNICO PAI / His Only Father; ATRAVÉS DA BROADWAY / Bumping into Broadway; A FILHA DO GRÃ-PIRATA /Captain Kidd’s Kids; VIDA DE MILAGRES / From Hand to Mouth. 1920 – ORGIAS RERAIS /His Royal Slyness; A CASA DOS FANTASMAS / Haunted Spooks; UM ALMOFADINHA NO OESTE / An Eastern Western; A SONÂMBULA / High and Dizzy; O PRÍNCIPE MASCARADO / Get Out and Get Under; NÚMERO, FAZ FAVOR? / Number, Please?. 1921 – AGORA OU NUNCA / Now or Never; ALTA RODA / Among Those Present; CASA-TE E VERÁS / I Do; QUEM DISSE MEDO? / Never Weaken; MARINHEIRO DE ÁGUA DOCE / A Sailor Made Man. 1922 – O PREDILETO DA AVOZINHA / Grandma’s Boy; AS RECEITAS DO DR. JACK /Dr. Jack. 1923 – O HOMEM MOSCA / Safety Last; MILAGRES DO AZAR / Why Worry?.1924 – O MARICAS / Girl Shy; SOGRA FANTASMA / Hot Water. 1925 – O CALOURO / The Freshman. 1926 – O MILIONÁRIO GAIATO / For Heaven’s Sake. 1927 – O CAÇULA / The Kid Brother. 1928 – HAROLDO VELOZ / Speedy.

SLIDE:

AUTOR: HISTÓRIA DE CINEMA

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

HOMENAGEM À JERRY LEWIS

Jerry Lewis, nome artístico de Joseph Levitch (Newark, 16 de março de 1926), é um comediante, roteirista, produtor, diretor e cantor norte-americano.

Tornou-se famoso por suas comédias estilo pastelão feita nos palcos, filmes, programas de rádio e TV e em suas músicas. Lewis também é conhecido por seu programa beneficente anual, o Jerry Lewis MDA Telethon, com o objetivo de ajudar crianças com distrofia muscular. Lewis ganhou vários prêmios honorários incluindo os do American Comedy Awards, The Golden Camera, Los Angeles Film Critics Association e do Festival de Venice, além de ter duas estrelas na Calçada da Fama. Em 2005, recebeu o Governors Award da Academia de Artes e Ciências Televisivas.

Em fevereiro de 2009, Lewis recebeu da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas o Jean Hersholt Humanitarian Award, o Oscar Humanitário. Lewis também foi creditado como inventor do video assist system, com o objetivo de ter mais visibilidade como ator e diretor ao mesmo tempo durante uma gravação de um filme (algumas pessoas ainda duvidam disso até hoje).Lewis também fez parceria com o cantor e ator Dean Martin em 1946, formando a dupla Martin e Lewis. Além de terem feito sucesso em casas de shows, a dupla também emplacou fazendo filmes para a Paramount. 

Os dois se separaram dez anos depois.
Jerry Lewis em 2009
Biografia

Joseph Levitch nasceu em Newark, Nova Jersey, numa família de judeus russos. Seu pai, Daniel Levitch, era mestre de Cerimônias e ator de vaudeville, e usava o nome Danny Lewis como nome artístico. Sua mãe, Rachel "Rae" Brodsky, era pianista de uma rádio.

Lewis começou a atuar aos cinco anos, e aos quinze tinha descoberto o seu talento, em que consistia em dublar canções em um fonógrafo. Primeiramente, ele iria usar como nome artístico o nome "Joey Lewis", mas depois acabou mudando para "Jerry Lewis" para evitar confusões com o nome de outro comediante, Joe E. Lewis, e com o do campeão de boxe, Joe Louis. Ele se formou na Irvington High School em Irvington na Nova Jersey.

Carreira
Parceria com Dean Martin
Dean Martin & Jerry Lewis

Lewis inicialmente ganhou fama com o cantor Dean Martin, em que este fazia o correto e o outro fazia o palhaço, formando a dupla Martin e Lewis. Os dois se distinguiam em relação a outras duplas dos anos 40, por se interagirem um com o outro durante as apresentações ao invés de seguir um roteiro. No final da década de 40, eles já eram conhecidos nacionalmente, primeiro por suas apresentações em casa de shows, segundo por terem seu próprio programa de rádio, depois por fazerem aparições na televisão (principalmente no programa The Colgate Comedy Hour) e por último, por protagonizarem filmes pela Paramount Pictures, que eram um sucesso atrás do outro.

A partir dos anos 50, os papéis de Dean Martin começaram a ser passados para trás, fazendo com que a relação da dupla começasse a esfriar. A desconsideração de Martin pelo trabalho veio a tona em 1954, quando a revista Look Magazine publicou como capa de sua revista a foto da dupla mas, com a parte de Martin rasgada. A dupla se desintegrou em 25 de julho de 1956. Com a popularidade da dupla, a DC Comics publicaram os gibis The Adventures of Dean Martin and Jerry Lewis, entre 1952 e 1957. Os gibis continuaram a ser publicados um ano após a separação da dupla e depois disso, a DC Comics continuou a faturar com os gibis The Adventures of Jerry Lewis, tendo somente Jerry Lewis como personagem principal. Ao decorrer dessa última série, Lewis às vezes se encontrava com Superman, Batman e com outros heróis e vilões da DC Comics. Essa experiência inspirou a Filmation a produzir, em 1970, uma série de desenhos animados (Will the Real Jerry Lewis Please Sit Down?) com Jerry Lewis como o único personagem inspirado na realidade ao lado de outros personagens fictícios.

Dean Martin e Jerry Lewis continuaram a fazer sucesso em suas respectivas carreiras solo, mas ao passar dos anos, nenhum deles comentava sobre os motivos da desintegração da dupla ou que queriam uma reunião. A última vez que os dois seriam vistos juntos em público foi em 1976, no programa beneficente de Lewis, o Jerry Lewis MDA Telethon. A reunião foi feita de surpresa, planejada por Frank Sinatra. No livro de Lewis, Dean & Me: A Love Story, publicado em 2005, onde Lewis conta a sua amizade com Martin. A dupla finalmente se reconciliou, em 1987, após a morte do filho de Martin, Dean Paul Martin e se reuniram novamente em Las Vegas, quando Sinatra fez uma surpresa para Jerry em seu aniversário, apresentando na ocasião uma participação de Dean Martin. Martin morreu em 1995.

Carreira solo
Lewis no Festival de Cannes, em 2009.

Depois da separação da dupla, Lewis continuou na Paramount e se tornou um artista top com o seu primeiro filme solo, The Delicate Delinquent, de 1957. Também manteve uma parceria com o diretor Frank Tashlin, que trabalhava com os desenhos Looney Tunes da Warner. Lewis partiu para um novo tipo de comédia nos filmes de Tashlin. Os dois fizeram mais cinco filmes juntos, incluindo uma participação especial de Lewis em Li'l Abner de 1959. Lewis quis mostrar que também sabia cantar, lançando o álbum Just Sings em 1957. No álbum incluia os hits "Rock-a-Bye Your Baby with a Dixie Melody" (canção associada com Al Jonson e mais tarde re-popularizada por Judy Garland) e "It All Depends on You".

Os filmes The Delicate Delinquent, Rock-a-Bye Baby e The Geisha Boy, produzidos por Hal B. Wallis, não agradou Lewis em relação a comédia, pois não fazia o seu tipo. Em 1960, Lewis terminou seu contrato com Wallis com o filme Visit to a Small Planet, e partiu para a produção com o filme Cinderfella. Cinderfella foi lançado no Natal de 1960, a pedido do próprio Lewis, e a Paramount, querendo um filme para o mês de julho de qualquer jeito, mandou Lewis fazer mais um filme. Foi aí que Lewis estreou na direção com The Bellboy. Esse filme teve o Fontainebleu Hotel de Miami como cenário, pouco orçamento, curto ou quase nenhum roteiro e gravação feita às pressas, com Lewis trabalhando com o filme de dia e fazendo suas apresentações por lá mesmo à noite. Bill Richmond o ajudou com o roteiro e durante as filmagens, Lewis usou a técnica em usar câmeras e circuitos monitores, o que ajudava em poder rever a suas cenas após de terem sido gravadas.

Mais tarde, incorporando o videotape e com o equipamento ficando mais portátil e disponível, essa técnica passou a ser chamada de video assist. Após The Bellboy, Lewis passou a dirigir outros filmes com Bill Richmond o ajudando no roteiro, como The Ladies Man e The Errand Boy de 1961, The Patsy de 1964 e o conhecido The Nutty Professor de 1963, o qual ganhou uma refilmagem protagonizada por Eddie Murphy em 1996 e sua sequência em 2000 chamada, Nutty Professor II: The Klumps, ambas produzidas por Lewis para a Universal Pictures e Image Entertainment. Tashlin revezava o cargo de direção com Lewis, dirigindo os filmes It's Only Money de 1962 e Who's Minding the Store? de 1963. Em 1965, Lewis dirigiu e escreveu (com ajuda de Bill Richmond) o filme The Family Jewels, que era sobre uma órfã rica que tinha herdado uma fortuna de seu pai falecido e tinha que escolher entre seus seis tios para ser seu novo pai. Mesmo tendo gostado de todos os tios, tinha um carinho muito grande por seu chofer, Willard. Os seis tios e o chofer foram todos interpretados por Lewis.

Em 1966, Lewis, com 40 anos, viu sua carreira declinar aos poucos com seus filmes de pouca bilheteria. Com isso, Lewis terminou o seu contrato com a Paramount e assinou com a Columbia Pictures, onde passou a fazer mais alguns filmes. Lewis foi professor de direção na University of Southern California, em Los Angeles, por muitos anos, tendo alunos como Steven Spielberg e George Lucas. Em 1968, tinha passado o filme de Spielberg, Amblin' e disse: "Assim é como se produz filmes.". Lewis estrelou e dirigiu o filme The Day the Clown Cried em 1972, que chegou a não ser lançado. O drama era sobre o campo de concentração Nazista.

Lewis raramente comentava sobre a experiência de fazer esse filme, mas só uma vez disse o porque que tinha desistido dele. O filme não viu a luz do dia, por conta de dificuldades financeiras que surgiu em sua pós-produção. Mas no livro Dean & Me, Lewis conta que o verdadeiro motivo de não ter lançado o filme, é que não tinha ficado satisfeito com o resultado. Lewis acabou também fazendo peças musicais. Em 1976, apareceu no revival de Hellzapoppin' com Lynn Redgrave, mas não chegou a ser apresentado na Broadway. Em 1994, fez sua estréia na Broadway, como substituto fazendo o Diabo no revival do musical de baseball, Damn Yankees, com coreografia feita pelo diretor (na época futuro) Rob Marshall, do filme Chicago.

Lewis retornou aos cinemas em 1981, com o filme Hardly Working, em que estrelou e dirigiu. Mesmo tendo sido um fracasso de crítica, o filme arrecadou 50 milhões de dólares nas bilheterias. Após Hardly Working, ele partiu para fazer o filme The King of Comedy, dirigido por Martin Scorsese. Ele interpretou um apresentador de TV que é seguido e sequestrado por dois fãs obsessivos (interpretados por Robert DeNiro e Sandra Bernhard). O personagem foi baseado e oferecido a Johnny Carson, mas acabou ficado com Lewis. Lewis continuou a fazer filmes na década de 1990, principalmente fazendo participações em Arizona Dream de 1994 e Funny Bones de 1995. Apareceu em um episódio de Mad About You em 1992, interpretando um excêntrico bilionário. Em 2008, Lewis reprisou o personagem Prof. Kelp, em The Nutty Professor, em seu primeiro filme de animação CGI. O filme é a sequência do filme de 1963, e tem também no elenco o ator e cantor Drake Bell como o sobrinho de Julius, Harold.

Na televisão, Lewis teve três programas chamados The Jerry Lewis Show. O primeiro foi em 1957 na NBC, o segundo foi em 1963 na ABC que tinha sido um fracasso de audiência e cancelado 13 semanas depois, e o terceiro em 1967 na NBC novamente. Em 1984, Lewis teve o seu próprio talk show que durou somente cinco semanas. Lewis e seus personagens populares foram transformados em desenho em Will the Real Jerry Lewis Please Sit Down?. O desenho da Filmation foi transmitido pelo canal ABC em 1970, e teve somente 18 episódios. A série estrelou David Lander (Laverne & Shirley) fazendo a voz de Lewis.

Lewis ganhou grande popularidade na Europa, era constantemente aclamado por alguns críticos franceses da revista Cahiers du Cinéma por sua comédia escrachada, em parte também por ter tomado controle da maioria de seus filmes, comparável a Howard Hawks e Alfred Hitchcock. Em março de 2006, o Ministério da Cultura da França premiou Lewis com a Légion d'Honneur, o nomeando-o como "O palhaço favorito dos Franceses".

Em 1994, o filme North, tinha faturado várias cenas dos filmes antigos de Lewis. Em junho de 2006, Lewis anunciou que tinha planos para fazer uma adaptação musical de The Nutty Professor.[16] Em Outubro de 2008, em uma entrevista para a rádio Melbourne, Lewis disse que contratou os compositores Marvin Hamlisch[17] e Hupert Holmes para escreverem a peça para estréia na Broadway em Novembro de 2010.[18] Em 2009, Lewis foi ao Festival de Cannes para anunciar o seu retorno como protagonista após 13 anos com o filme Max Rose, seu primeiro como protagonista desde The King of Comedy.

Filme biográfico de Martin e Lewis
Lewis foi interpretado pelo ator vencedor do Emmy Award, Sean Hayes (Will & Grace), no filme feito para televisão, Martin and Lewis, em 2002. O filme contava a história da dupla, desde quando Lewis conheceu Dean Martin (interpretado por Jeremy Northam) até a separação em 1956. Hayes conheceu Lewis durante as filmagens, e sua atuação foi indicada ao Prémios Screen Actors Guild.

Família
Lewis casou duas vezes:
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Primeira esposa: Patti Palmer (nome artístico de Esther Calonico). Palmer foi cantora e tinha trabalhado com Ted Fio Rito, e depois com Lewis quando os dois tinham se conhecido. Lewis só foi trabalhar solo e depois com Dean Martin, quando Palmer ficou grávida do primeiro filho. O casal casou-se no dia 3 de outubro de 1944 e separou-se em setembro de 1980.
Jerry Lewis and SanDee Pitnick/Creative Arts Emmy Awards - Arrivals 2005

Segunda esposa: SanDee Pitnick. Casaram-se no dia 13 de fevereiro de 1983. Lewis na época tinha 56 anos. Os dois casaram-se em Key Biscayne, na Flórida. À época, SanDee tinha 32 anos e era dançarina.[22]

Lewis teve seis filhos no primeiro casamento, e uma filha no segundo:

Gary Harold Lee Levitch (31 de julho de 1945). O nome de Gary foi legalmente mudado para Gary Lewis. Gary entrou no mundo musical na década de 1960, como vocalista da banda Gary Lewis & the Playboys[24]

Ronald Lewis (adotado em julho de 1950)

Scott Lewis (fevereiro de 1956)

Christopher Joseph Lewis (outubro de 1957)

Anthony Lewis (outubro de 1959)

Joseph Lewis (janeiro de 1964 – 24 de outubro de 2009). Morreu de overdose de drogas aos 45 anos[25]

Danielle Sarah Lewis (adotada em março de 1992)

Lewis atualmente vive em Las Vegas, Nevada.

Problemas de saúde

Lewis sofreu por anos de dores nas costas, decorrentes de uma queda que quase o deixou paralisado durante uma apresentação no Sands Hotel, em Las Vegas em 1965. Acabou se viciando em Percodan, para aliviar a dor, mas diz que desde 1978 está longe dos remédios. Em abril de 2002, Lewis passou por uma "sinergia" de neurostimulador, causado pelo Medtronic[29] que tinha sido implantado em suas costas e ajudado a reduzir o desconforto que sentia. Lewis agora é um dos porta-vozes da Medtronic.

Em dezembro de 1982, Lewis tinha sofrido um sério ataque cardíaco e um menos grave anos depois, em 2006, enquanto voava de Nova York para Califórnia. Foi descoberto que tem pneumonia, e também um coração frágil. Ele passou por um cateterismo cardíaco, e dois stents foram colocados em uma de suas artérias, a qual ficou 90% bloqueada. A cirurgia fez com que voltasse a bombear sangue ao coração e permitiu com que repercutisse em problemas posteriores. O cateterismo fez com que Lewis cancelasse vários compromissos, mas a sua recuperação foi ótima.

Em 1999, sua tour na Austrália foi cancelada quando foi hospitalizado em Darwin com meningite viral. Ficou doente por mais de cinco meses. Foi delatado pela imprensa australiana que tinha se recusado a pagar seu tratamento; mas Lewis escondeu que a confusão com o pagamento foi culpa do seu plano de saúde. Todo esse problema fez com que processasse a seguradora.

Lewis combateu um câncer de próstata, diabetes, e fibrose pulmonar, e teve dois ataques cardíacos. O tratamento com Prednisona contra a fibrose pulmonar fez com que ganhasse peso, mudando totalmente a sua aparência. Em setembro de 2001, Lewis ficou sem condições de aparecer em um evento beneficente produzido pelo comediante Steve Alan Green no London Palladium. Alguns meses depois, Lewis se submeteu a uma longa reabilitação, que o impediu de voltar a trabalhar.

Em 12 de junho de 2012, ele foi tratado no hospital após um evento de hipoglicemia no evento de Nova York Frades' Club. Esta notícia mais recente de saúde obrigou-o a cancelar um espetáculo em Sydney, Austrália.
Prêmios e indicações
Anos 1950
1952 – Ganhador do Photoplay Special Award do Photoplay Award (dividido com Dean Martin).
1952 – Indicado ao Emmy Award na categoria "Melhor Comediante Masculino ou Feminino" (dividido com Dean Martin).
1954 – Ganhador do Golden Apple Award na categoria "Melhor Ator Cooperativo" (dividido com Dean Martin).
1958 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Artista Masculino".
1959 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Artista Masculino".

Anos 1960
1960 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Artista Masculino".
1961 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Artista Masculino" e "Melhor Atuação Cômica", pelo filme Cinderfella.
1962 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Artista Masculino".
1963 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Artista Masculino".
1964 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Artista Masculino".
1965 – Ganhador do Golden Laurel Special Award do Golden Laurel Award.
1966 – Indicado ao Golden Globe Award na categoria "Melhor Ator – Filme de Comédia ou Musical", pelo filme Boeing Boeing.
1966 – Indicado ao Golden Laurel Award na categoria "Melhor Atuação Cômica", pelo filme Boeing Boeing.
1966 – Indicado ao Fotograma de Plata na categoria "Melhor Ator Estrangeiro".

Anos 1970
1977 – Indicado ao Nobel da Paz pelo Representante Americano Les Aspin (Aspin notou durante 11 anos que o Jerry Lewis MDA Telethon tinha arrecadado mais de 95 milhões de dólares em prol da distrofia muscular).

Anos 1980
1983 – Indicado ao BAFTA Award na categoria "Melhor Ator (coadjuvante/secundário)", pelo filme The King of Comedy.
1985 – Indicado ao Razzie Award na categoria "Pior Ator", pelo filme Slapstick of Another Kind.

Anos 1990
1998 – Ganhador do Lifetime Achievement Award in Comedy do American Comedy Award.
1999 – Ganhador do Career Golden Lion Award no Festival de Venice.

Anos 2000
2004 – Ganhador do Career Achievement Award do Los Angeles Film Critics Association.
2005 – Ganhador do Governors Award do Emmy Award.
2005 – Ganhador do Lifetime Achievement Award do Las Vegas Film Critics Society Award.
2005 – Ganhador do Golden Camera for Lifetime Achievement Award do Golden Camera Award.
2005 – Ganhador do Nicola Tesla Award do Satellite Award.
2006 – Ganhador do Satellite Award na categoria "Melhor Artista Convidado" pela série Law & Order: Special Victims Unit.
2009 – Ganhador da estrela da Calçada da Fama de Nova Jersey.
2009 – Ganhador do Jean Hersholt Humanitarian Award no 81º Academy Award.
Estrela de Lewis na Calçada da Fama.

VÍDEO BIOGRAFIA:

SLIDES:


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FONTE: WIKIPÉDIA
AUTOR: RECORDANDO SÉRIES

terça-feira, 29 de setembro de 2015

HOMENAGEM AO ETERNO GÊNIO CHARLIE CHAPLIN

Charlie Chaplin

Chaplin como "O vagabundo"Sir Charles "Charlie" Spencer Chaplin - também conhecido por Carlitos no Brasil - (16 de abril, 1889 - 25 de dezembro, 1977) foi o mais famoso ator dos primeiros momentos do cinema hollywoodiano, e posteriormente um notável diretor. Era canhoto. Seu principal personagem foi "The Tramp" (O Vagabundo): um andarilho com as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro que vestia um casaco firme, calças e sapatos mais largos que o seu número, um chapéu ou uma cartola, uma bengala de bambu e sua marca pessoal, um bigode. Chaplin foi uma das personalidades mais criativas da era do cinema mudo; ele atuou, dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente financiou seus próprios filmes. O cineasta foi também um talentoso jogador de Xadrez e chegou a enfrentar o campeão americano Sammuel Reshevsky. O QI de Chaplin era muito alto: 140, nível de superdotado.

Nascido Charles Spencer Chaplin em Walworth, Londres, Inglaterra dos pais Sr. Charles e Hannah Harriette Hill, ambos animadores do Music Hall. Seus pais separaram-se logo após seu nascimento, deixando-o aos cuidados de sua mãe cada vez mais instável emocionalmente. Em 1896, ela ficou desempregada e não conseguia encontrar outro emprego; Charlie e seu meio-irmão mais velho Sydney tinham de ser deixados em uma casa de trabalho em Lambeth, mudando-se após várias semanas para a Escola Hanwell para Crianças Órfãs e Destituídas. Seu pai faleceu com problemas de vício em bebida quando Charlie estava com 12 anos de idade, e sua mãe ficou com sérios problemas mentais e mais tarde foi admitida no Asilo Cane Hill próximo a Croydon. Ela faleceu em 1928.

Chaplin subiu ao palco pela primeira vez aos 5 anos, em 1894, quando representou no Music Hall diante de sua mãe, que lhe ensinou a cantar e representar. Ainda criança ele esteve de cama por duas semanas devido a uma séria doença quando, à noite, sua mãe sentava-se na janela e representava o que acontecia fora de casa. Em 1900, com 11 anos, ele conseguiu com a ajuda do irmão o papel cômico do gato em uma pantomima, Cinderela no "London Hippodrome". Em 1903 ele participou de "Jim, a romance of cockayne", após o que assumiu seu primeiro trabalho regular, como o entregador de jornal Billy em Sherlock Holmes, um papel que representou até 1906.

A este, seguiu-se o Court Circus de Casey, um show de variedades e, no ano seguinte, ele se tornou o palhaço em "Fun Factory" de Fred Karno, Companhia de comédia slapstick. De acordo com registros de imigração, ele chegou na América com o trupe de Karno em 2 de outubro, 1912. Na Companhia de Karno estava Arthur Stanley Jefferson, que se tornaria conhecido e amado como Stan Laurel. Chaplin e Laurel preferiram compartilhar um quarto em uma pensão. A atuação de Chaplin foi eventualmente vista pelo produtor de filmes Mack Sennett, que o contratou para seu estúdio, o Keystone Film Company. Embora inicialmente Chaplin tivesse dificuldade para se ajustar ao estilo de ação da Keystone filme, ele logo se adaptou e floresceu no meio. Isto foi possível, em parte, por Chaplin ter desenvolvido o personagem trampolim dele, eventualmente ganhando o controle de direção e criação em cima dos filmes dele que o permitiram tornar-se a grande estrela e talento da Keystone.

De acordo com registros de imigração, Chaplin chegou nos Estados Unidos com o grupo Karno em 2 de Outubro de 1912. Na Karno Company estava Arthur Stanley Jefferson, que se tornaria conhecido e amado como Stan Laurel. Charles e Stan dividiriam um quarto numa pensão. Enquanto Chaplin inicialmente teve dificuldades em se ajustar ao estilo Keystone de atuar, ele logo se adaptou e floresceu. Isso foi possível graças ao personagem "vadio" que criou. Chaplin começou a ter mais controle sobre seus filmes o que permitiu que se tornasse um dos mais importantes atores da Keystone.

O histórico do seu salário sugere como rapidamente ele se tornou mundialmente famoso, e a habilidade do seu irmão, Sydney Chaplin, de ser o seu agente.
1914: Keystone, trabalha por US$150 por semana
1914-1915: Essanay Studios, US$1250 por semana, mais um bónus significante de US$10,000
1916-1917: Mutual, US$10,000 por semana, mais um bónus significante de US$150,000
1917: Primeiro nacional, US$1 milhão — primeiro actor a ganhar tal soma.
Em 1919 fundou o estúdio United Artists com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith.
Em 1919, fundou o estúdio United Artists com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith. Apesar de filmes falados terem se popularizado em 1927, Chaplin resistiu a usá-los até os anos 1930.

O Grande Ditador (The Great Dictator, 1940) foi o seu primeiro filme com som. Foi, também, uma afronta a Adolf Hitler e ao fascismo que se reinava na época. Foi filmado e lançado nos Estados Unidos um ano antes da entrada do país na Guerra. O papel de Chaplin era duplo: o de Adenoid Hynkel, clara alusão ao nome de Hitler, e de um barbeiro judeu que é cruelmente perseguido pelos nazistas. Hitler era um grande fã de filmes, e sabe-se que ele tenha visto o filme duas vezes (segundo registros de seu cinema particular). Após o descobrimento do Holocausto, Charles revelou que não conseguiria brincar com o regime nazista como brincou no filme se soubesse da extensão do problema. O posicionamento político de Chaplin sempre pendeu para a esquerda. Vários de seus filmes, principalmente Tempos Modernos (Modern Times, 1936), que foi uma crítica à situação da classe operária e dos pobres em geral. Chaplin viajou para a Inglaterra em 1952, mas seu retorno foi proibido pelo Serviço de Imigração, devido a acusações de "atividades não-americanas", na época do macarthismo. Foi um processo encabeçado por J. Edgar Hoover. Decidiu, então, permanecer na Europa, e foi morar na Suíça.

No cinema

Chaplin e Jackie Coogan em "O Garoto/O Miúdo" (1921)Chegou a retornar aos Estados Unidos em 1972 para receber seu Oscar, que ganhou duas vezes. O primeiro foi recebido em 16 de Maio de 1929, por The Circus. Outro filme seu que recebeu o prêmio foi The Jazz Singer. Seu segundo prêmio veio 44 anos depois, em 1972, pelo "seu incalculável efeito na indústria do cinema". Ele se viu livre de seu exílio e recebeu seu prêmio menos de um mês antes da morte de J. Edgar Hoover. Chaplin também foi nomeado sem sucesso para Melhor Filme, Melhor Ator, e Melhor Roteiro Original em O Grande Ditador (The Great Dictator, 1940), e novamente por Melhor Roteiro Original em Monsieur Verdoux, de 1947. Em 1973, recebeu um Oscar de Melhor Trilha Sonora em Filme Dramático pelo filme Limelight, de 1952. Devido às dificuldades de Chaplin com o macarthismo, o filme não estreou em Los Angeles quando foi produzido. Isso só foi acontecer em 1972. Seus últimos filmes foram A King in New York, de 1957 e A Countess from Hong Kong, de 1967, estrelando Sophia Loren e Marlon Brando.

Vida pessoal

Seus sucessos profissionais tiveram reflexos diretos em sua vida pessoal por várias vezes. Em 23 de Outubro, 1918, Chaplin casou-se aos 28 anos de idade com Mildred Harris, de 16. Tiveram um filho que morreu ainda bebê. Divorciaram-se em 1920. Aos 35, apaixonou-se por Lita Grey, também de 16 anos, durante as preparações de The Gold Rush. Casaram-se em 26 de Novembro de 1924, quando ela ficou grávida. Tiveram dois filhos. Divorciaram-se em 1926, enquanto a fortuna de Chaplin chegava a US$ 825.000. O estresse do divórcio somado com os impostos que não paravam terminaram por deixar os cabelos de Charles brancos.

Chaplin casou-se secretamente aos 47 anos com Paulette Goddard, de 25, em Junho de 1936. Depois de alguns anos felizes, este casamento também terminou em divórcio, em [1942]]. Durante este período, Chaplin namorou Joan Barry, atriz de 22 anos. A relação terminou quando Barry começou a perturbá-lo. Em Maio de 1943, ela informou a Chaplin que estava grávida, e exigiu que ele assumisse a paternidade. Exames comprovaram que Chaplin não era o pai, mas na época tais testes não tinham muita validade, e ele se viu forçado a pagar US$ 75 por semana até que a criança fizesse 21 anos. Depois, conheceu Oona O'Neill, filha do dramaturgo Eugene O'Neill. Casaram-se em 16 de Junho de 1943. Ele tinha 54 anos enquanto ela tinha 17. Este casamento foi longo e feliz, com oito filhos.

Em 4 de Março de 1975, depois de muitos anos de exílio, foi condecorado cavaleiro pela Rainha Elizabeth II. Tal honra foi proposta pela primeira vez em 1956, mas vetada pelo departamento de imigração britânico, já que acreditava-se que Chaplin era comunista. Charles Chaplin faleceu no dia de Natal (25 de Dezembro) de 1977 em Vevey, Suíça e foi enterrado no Cemitério Corsier-Sur-Vevey em Corsier-Sur-Vevey, Vaud, Suíça. Depois meses depois, em 3 de Março de 1978, seu corpo foi roubado do cemitério, numa tentativa de extorquir dinheiro de sua família. O plano falhou, e os ladrões foram capturados e o corpo recuperado onze semanas depois, no Lago Geneva. Há uma famosa estátua de Chaplin em Vevey. Em 1992, um filme sobre sua vida foi feito, com o título Chaplin, dirigido por Sir Richard Attenborough, estrelando Robert Downey Jr., Dan Aykroyd, Geraldine Chaplin (filha de Chaplin, interpretando sua própria avó), Anthony Hopkins, Milla Jovovich, Moira Kelly, Kevin Kline, Diane Lane, Penelope Ann Miller, Paul Rhys, Marisa Tomei, Nancy Travis, e James Woods.

VEJA O FILME BIOGRAFIA:

VEJA DOCUMENTÁRIO RARO:
Filmografia

Curtas-metragens

1914
Between Showers
A Busy Day
Caught in a Cabaret
Caught in the Rain
Cruel, Cruel Love
Dough and Dynamite
The Face on the Barroom Floor
The Fatal Mallet A Film Johnnie
Gentlemen of Nerve
Getting Acquainted
Her Friend the Bandit
His Favorite Pastime
His Musical Career
His New Profession
His Prehistoric Past
His Trysting Place
Kid Auto Races at Venice
The Knockour
Laughing Gas
Mabel at the Wheel
Mabel's Busy Day
Mabel's Married Life
Mabel's Strange Predicament
Making a Living
The Masquerader
The New Janitor
The Property Man
Recreation
The Rounders
The Star Boarder
Tango Tangles
Those Love Pangs
Twenty Minutes of Love

1915
The Bank
Charlie Chaplin's Burlesque on Carmen
By the Sea
The Champion
His New Job
His Regeneration
In the Park
A Jitney Elopement
Mixed Up A Night Out
A Night in the Show
Shanghaied
The Tramp
A Woman
Work

1916
Behind the Screen
The Count
The Fireman
The Floorwalker
One A.M.
The Pawnshop
Police!
The Rink
The Vagabond

1917
The Adventurer
The Cure
Easy Street
The Immigrant

1918
The Bond
Chase Me Charlie
A Dog's Life
Triple Trouble

1919
A Day's Pleasure
Sunnyside

1921
The Idle Class

1922
Pay Day

1923
The Pilgrim

Filmes
(como ator e diretor, exceto nos indicados)
Tillie's Punctured Romance (1914) (ator)
Shoulder Arms (1918)
The Kid (1921)
The Nut (1921) (participação especial)
Souls For Sale (1923) (participação especial)
A Woman of Paris (1923) (participação especial, direção)
The Gold Rush (1925)
A Woman of the Sea (1926) (produtor)
The Circus (1928)
Show People (1928) (participação especial)
City Lights (1931)
Modern Times (1936)
The Great Dictator (1940)
Monsieur Verdoux (1947)
Limelight (1952)
A King in New York (1957)
A Countess From Hong Kong (1967)

SLIDES:

AUTOR: GÊNIOS MUNDIAIS
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