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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ESPAÇO 1999

Keith Wilson, que já havia trabalhado com Gerry e Sylvia desde Fireball XL5, ficou encarregado dos desenhos da produção de Espaço 1999 e Brian Johnson, que trabalhou com a dupla em Thunderbirds e UFO e também com Kubrick em "2001: A Space Odissey" em 1968, foram sem dúvida, os responsáveis pela criação dos elementos mais recordados da série que eram a Base Lunar (Moonbase) e as poderosas naves Águias (Eagles).
A Base Lunar, assim como na série Jornada nas Estrelas, era habitada por uma tripulação internacional, constituída de mais ou menos 300 pessoas de diversos níveis e especialidades. Ficava situada dentro de uma enorme cratera lunar, com diâmetro de aproximadamente quatro quilômetros, com várias comodidades tais como gravidade artificial, uma fazenda para a produção dos alimentos, recicladores de ar e de água, além de uma poderosa usina nuclear geradora de energia.
Os vários interiores da Base continham grandes espaços, um aspecto frio e asséptico, com estruturas modulares, o que permitia rapidamente a criação de novos ambientes, em implicar muita mão-de-obra. Os trajes da primeira temporada foram criados por Rudi Genreich, que mostravam as últimas tendências, por isso mesmo é que o Comandante Koenig e outros tripulantes aparecem usando pantalonas, conhecidas por nós como "boca de sino".
Além disso, os uniformes utilizados na série tinham uma particularidade especial, a função de cada membro e integrante da tripulação era especificada por uma cor em suas mangas, a cor branca, por exemplo, determinada o setor médico, o amarelo a comunicações, e assim por diante. A música tema de abertura ficou ao cargo de Barry Gray, que já havia composta outras obras para os Andersons.
Até hoje as naves especiais utilizadas na série constituem símbolos de Space 1999, eram naves com desenhos espetaculares, apesar de um perfil nada aerodinâmico. Foram projetados diversos modelos que cumpriam diversas tarefas como transporte, reconhecimento, e até uma nave laboratório foi construído, tudo em modelos em escalas que variavam de 13 a 110 centímetros. Esses modelos são atualmente alvo dos colecionadores modernos, bem como as suas reproduções que eram utilizadas para o merchandising da série.
Apesar de toda a beleza plástica que até os dias atuais nos impressionam, muitas coisas parecem deixar a desejar, como, por exemplo, os computadores e os instrumentos utilizados, que eram cheios de botões, com dezenas de metros cúbicos de comprimento, que mostrava seus resultados em impressoras matriciais, em folhas quilométricas, computadores utilizando o nosso velho, querido e intragável DOS. Tudo isso pode parecer estranho, mas devemos sempre nos lembrar que a série foi produzida nos anos setenta, e naquela época aquilo que é mostrado na série é o que havia de mais moderno em termos de evolução tecnológica.
Para esta série o elenco foi escolhido minuciosamente, pois o objetivo principal dos produtores da série era ingressar no mercado norte-americano, para angariar e recuperar o investimento, visto que a ITC e a rede italiana TV RAI, haviam injetado cerca de três milhões de libras, consideradas uma das produções mais caras já produzidas para a televisão, até então. Para conseguir isto, optaram por armar um elenco liderado por reconhecidos atores norte-americanos. Inicialmente para o papel do comandante foi cogitado o nome de Robert Culp, mas no final optaram por Martin Landau, mesmo porque Landau vinha de um trabalho na série "Missão Impossível" onde ele interpretava Rollin Hand, o mestre do disfarce do grupo, que o deixara muito popular e famoso.
Não só convidaram Landau, mas também Barbara Bain, que também era sua esposa na vida real, na época e que também havia trabalhado na em Missão Impossível, onde ela fazia a bela e inteligente Cinnamon Carter e que em Space 1999 interpretaria a encantadora e elegante Doutora Helena Russell, a médica da Base Lunar.
E para completar o quadro, um membro científico, o professor Victor Bergman, que era o coordenador científico da Base e também o "cérebro" de todas as operações científicas da série. Coube a Barry Morse interpretar esse personagem, mas pena que ele só tenha permanecido na primeira temporada. Barry ficou muito famoso ao interpretar o detetive e perseguidor implacável do Dr. Richard Kimble, na série "The Fugitive".
Outros personagens foram interpretados por Nick Tate, Prentis Hancock, Zienia Merton, Clifton Jones, entre outros. Na segunda temporada, porém ocorreram muitas mudanças, principalmente no elenco, onde outros personagens foram criados e alguns foram simplesmente e inexplicavelmente retirados da série. A série contou também com uma legião de artistas renomados que participavam como artistas convidados, dos quais se destacam Peter Cushing, Christopher Lee, Joan Collins, Margareth Leighton, Brian Blessed, Leo McKern, entre outros.
Apesar de tudo isso, a série Espaço 1999 não conseguiu atrair a atenção das grandes emissoras norte-americanas como a CBS, NBC e a ABC, que simplesmente não se interessaram pelo projeto e quando tudo parecia ir por água abaixo, Abe Mandel, o representado da ITC, já mencionado anteriormente, teve a feliz idéia de oferecer as emissoras independentes e desta forma a série começou a aparecer em mais de 155 canais diferentes dos Estados Unidos, cobrindo praticamente todo o país.
Space 1999, como o próprio nome já dizia, narrava as aventuras espaciais ocorrida em 1999 (sempre lembrando que a série foi produzida em 1975) numa Base Lunar auto-suficiente denominada "Moonbase Alpha", assim como mostrava uma das conseqüências da conquista da Lua por parte dos homens. A Base Lunar Alpha tinha um perigoso sistema de eliminação de dejetos nucleares que consistia em enterrá-los na parte escura do satélite.
Devido a um acúmulo exagerado de grande quantidade de materiais, um vazamento ocorreu, ficando fora de controle em tal proporção, que acabou explodindo como uma bomba atômica de muita potência, fazendo com que a Lua se desligasse da órbita terrestre e começasse a vagar fora do nosso sistema solar, sem controle. É a partir daí que iniciam as aventuras dos sobreviventes que passam a enfrentar toda forma de infortúnios diante de um universo desconhecido, com estranhas formas de vida, até então nunca vistas ou imaginadas.
O líder da base, o Comandante John Koenig (Martin Landau), tinha permanentemente a missão de tomar decisões difíceis que afetariam as trezentas pessoas na Base. Detrás dele permanecia a fiel Doutora Helena Russell (Barbara Bain), que na maioria das vezes tinha de melodramar as situações de cada episódios. O terceiro dos personagens fixos era o Professor Victor Bergman (Barry Morse). Os diálogos do Professor eram sempre de menor importância e o tom obscuro da interpretação de Morse parecia com a de outro personagem da ficção científica britânica chamada Dr. Who.
A série apresentou um começo da primeira temporada muito interessante e com um sucesso de audiência satisfatória, o que dava credibilidade a essa produção e angariando inclusive fãs de Jornadas nas Estrelas, que torciam para que os sobreviventes da Base Lunar pudessem encontrar caminho de volta para a Terra, mas toda essa euforia não tardou a se desmoronar ainda nas sequências da primeira temporada.
O elenco não conseguia atrair a simpatia do público e uma grande maioria de seus personagens não obtinham carisma, nem tampouco conseguiam convencer os espectadores, além do que, os episódios eram demasiadamente filosóficos, caindo no transcendentalismo herdado do filme 2001, que funcionava no filme de Kubrick, mas afugentava o público de massa, que clamavam por mais ação e humor.
Com isso os espectadores começaram a ignorar a série, o que requereu mudanças, mas as modificações foram em doses cavalares e tão drásticas, que muitos fãs falavam até na existência de duas séries: Space 1999 Year One e Space 1999 Year Two. Por outro lado a vida particular de Gerry Anderson começou a se desmoronar. Separou-se de Sylvia, que abandonou totalmente o projeto, bem antes do início da segunda temporada.
Para tentar arrumar a série e trazer de volta o grande público, Gerry trouxe Fred Freiberger, que foi o produtor da terceira temporada de Jornada nas Estrelas, que ficou com a missão de renovar a série. Uma de suas primeiras modificações foi levar a série mais para o lado da ação e também cortar muitos personagens, que desapareceram da série inexplicavelmente como o professor Victor Bergaman, Paul Morrows, David Kano, entre outros e a aparição do nada de outros personagens como o de Tony Verdechi (Tony Anholt) e Maya (Catherine Schell) um ser com capacidade metamorfósica, ou seja, podia se transformar em qualquer outra criatura.
Até a Base Lunar não escapou às mudanças, assim como os trajes e até nas partes menores da música. Criaram até um romance entre o comandante Koenig com a Doutora Russel, que resultou mais num dramalhão do que numa nova atração. Todas essas mudanças não surtiram os efeitos desejados, pois além de desorientar o público que vinha seguindo a série, assim como não conseguia atrair novas audiências. De uma maneira geral, nada aquilo que foi proposto surtiram um efeito positivo. Até mesmo os interpretes da série não gostaram e na época surgiram muitas reportagens e entrevistas com os atores principais reclamando, inclusive o próprio Martin Landau que não gostou nada das modificações.
Mas apesar dos pesares a série conseguiu terminar a segunda temporada, onde foi cancelada com apenas 48 episódios. Infelizmente essa derrocada praticamente significou o fim da carreira de um dos mais brilhantes criadores do nosso século, Gerry Anderson, que depois desse fracasso nunca mais conseguiu se reerguer novamente, apesar da série ainda contar com um número infindável de fãs.
Logo após o cancelamento da série, foram feitos ainda mais quatro filmes que eram compostas por compilações dos episódios. A primeira foi "Alien Attack", que englobava os episódios 1 até 4; a segunda foi "Journey Through the Black Sun" que agrupava os episódios "Collision Course e Blakc Sun; a terceira foi "Cosmic Princess" que agrupava os episódios da segunda temporada e finalmente a última foi "Destination: Moon Base Alpha" que mostrava o episódio duplo "The Bringers of Wonder" um dos últimos episódios da segunda temporada.
Sem dúvida Space 1999 não é uma das melhores produções de ficção científica e nem sequer a melhor série de Gerry Anderson, mas será sempre uma série a ser lembrada, pois apesar de não deixar muitos episódios brilhantes, ela é uma das responsáveis por recuperar a nossa paixão pelas viagens espaciais intergalácticas, que fazem parte do nosso imaginário do futuro e ocupará sempre um lugar especial dentro do exclusivo círculo de programas televisivos Cult.
Nota - Este texto é uma releitura de um artigo da http://www.quintadimension.com/, uma matéria assinado por Pablo Sapere intitulada "Cosmos 1999 al Space Opera Filosófica", datada de 29 de janeiro de 2002, com inserções de outras matérias encontradas em outras páginas como da http://en.wikipedia.org/wiki/UFO_(TV_series), entre outros.

TRILHA DE ABERTURA:
Abertura Brasileira de Espaço 1999

"A data... 13 de setembro. O ano... 1999. O desastre... a Lua é lançada fora de sua órbita por uma explosão extensiva dos poços do armazenamento de lixo nuclear, assim fazendo com que ficasse vagando no espaço."
Martin Landau nasceu em 1931 e começou sua carreira trabalhando como assistente de um jovem jornalista em Nova Iorque, onde permaneceu por cinco anos. Em 1955 foi estudar na Actors Studio e foi um dos pioneiros a fazer as séries de televisão ao vivo, trabalhando em papéis secundários nos episódios de "Kraft Theater", "Omnibus", "Playhouse 90" e "Studio One".
Depois atuou numa obra teatral apresentada na Broadway, chamada "Middle of the Night" onde recebeu boas e valiosas críticas. Depois trabalhou no cinema nos filmes "The Gazebo" (1959) e "Northwest by Nortwest" em 1959 dirigida por Alfred Hitchcock. Participou de séries como "Twiligh zone", "The Outer Limits" e também no filme épico "Cleopatra" (1963) e em "The Greatest Story Ever Told" em que interpretava o terrível Caifás. Tornou-se célebre ao fazer o papel de Rollin Hand na série Missão Impossível e também se casou com a atriz Barbara Bain, que trabalhava na mesma série.
Depois que se casou em 1969, se mudou para a Inglaterra e foi durante essa época que trabalhou na série Space:1999, entre 1975 a 1877. A série não fez o sucesso esperado e foi cancelada após duas temporadas. Depois disso participou de diversas séries de televisão e de alguns filmes, sem muito destaque. Sua carreira mudou quando foi convidado por Francis Ford Coppola para interpretar Abe Karatz, um empresário no filme "Tucker: The Man and his Dream" (1988), que lhe valeu uma indicação ao prêmio Oscar na categoria de melhor ator coajuvante.
Pouco tempo depois foi novamente indicado ao Oscar, desta vez pelo filme de Woody Allen, "Crimes and Misdemeanors" e assim Landau começou lentamente a subir ao rol dos grandes astros e começou a participar de filmes importantes como "Max and Helen" (1992), mas foi com "ED Wood" (1995) de Tim Burton que conseguiu seu primeiro Oscar como ator coadjuvante.
Barbara Bain nasceu em 1931 e foi uma das inúmeras lindas atrizes norte-americanas dos anos 60. Seus primeiros trabalhos aconteceram nos finais dos anos 50 na série "Richard Diamond: Private Detective" (1957-1960) que era protagonizado por David Jansen e onde Barbara interpretava a noiva de Richard Diamond durante vários episódios em 1959. A partir desse trabalho conseguiu popularidade ao interpretar a bela e sofisticada Cinnamon Carter na série Missão Impossível e onde Barbara obteve três prêmios Emmys consecutivos como a melhor atriz em série dramática, entre 1967 a 1969.
Casou-se com Martin Landau e praticamente começou a trabalhar quase sempre em produções em que seu marido participava, como em Space:1999 e Savage, um telefime de 1973. Ficou um pouco afastada e regressou em 1989 no filme "Trust Me", depois fez uma comédia de humor negro com Adam Ant e Skinheads, também em 1989.
Barry Morse como Prof. Victor Bergman (cientista)
Catherine Schell como Maya (oficial cientista)
Tony Anholt como Tony Verdeschi (controlador e segundo no comando)
Nick Tate como Capt. Alan Carter (piloto chefe)
Prentis Hancock como Paul Morrow (controlador e oficial executivo da base)
Zienia Merton como Sandra Benes (analista de dados)
Clifton Jones como David Kano (técnico em computadores)
John Hug como Bill Fraser (piloto)
Anton Phillips como Dr. Bob Mathias (médico)
Suzanne Roquette como Tanya Alexandria (oficial de operações)
Yasuko Nagazumi como Yasko (operadora)
Alibe Parsons como Alibe (operadora)
Jeffrey Kissoon como Dr. Ben Vincent (médico)
San Dastor como Dr. Spencer (médico)

AUTOR: TV SINOPSE

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