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domingo, 23 de agosto de 2015

JIM DAS SELVAS

Jim das Selvas foi uma série de TV, mas surgiu pela primeira vez como histórias em tiras de quadrinhos num jornal norte-americano publicado no dia 7 de janeiro de 1934, criado pelo escritor Don Moore e pelo artista Alex Raymond contando as histórias de um aventureiro na selva chamado Jim Bradley.
Ao contrário dos protagonistas de Tarzan, Ka-Zar, Kaanga e de outras séries de comics, baseados em temas de selvas, Jim das Selvas, localizava-se no sudeste da Ásia, em lugar da África e além disso ele era um caçador branco e não um homem selvagem.
Pouco tempo depois de aventuras de Jim das Selvas começarem a circular, outros personagens foram sendo inclusos como o grande nativo chamado Kolu, que agia como um amigo de Jim, semelhante ao que Lothar era para o Mandrake. Dois anos depois uma outra personagem chamada Lille DeVrille (também conhecida como Shangai Lil) começou a aparecer nas tiras.
Os temas que as tiras de comics apresentavam eram geralmente caracterizadas por histórias que giravam ao redor de piratas, traficantes de escravos e outros antagonistas comuns na selva. Com a aproximação da Segunda Guerra na América nos quarenta, Jim das Selvas, assim como muitos comics americanos, começaram a desenvolver temas relacionados a guerra. As tiras de Jim das Selvas encerraram-se em 1954.
No fim dos anos 30 até os anos 40, as histórias em quadrinhos foram reimprimidas em livros comics publicados pela Ace Comics. Também existem 11 originais de Jim das Selvas como comics books produzidos pela Standard Comics de 1949 até 1941, assim como 20-issue Dell Comics series de 1953 até 1959, continuados por Charlton Comics em outros 7-issue de 1969 até 1970.
Alexander Gillespie Raymond, nasceu em New Rochelle, New York, em 2 de outubro de 1909. Como desde criança já apresentava grande jeito para desenhar, seus pais o incentivaram a estudar e seguir carreira nesta profissão e assim aos 18 anos entrou para a Grand Central School of Art.
Mas sua vida profissional não iniciou como um desenhista, mas sim como um auxiliar de escritório, que com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque de 1929, acaba por ficar sem emprego. Pouco tempo depois consegue emprego de assistente de desenhista com Russ Westover numa tira chamada Tillie, The Toiler.
Mais tarde vai trabalhar com o outro célebre artista Chic Young e seu irmão Lyman numa série conhecida como Tim Tyler´s Luck, eram três tiras que saiam no jornal no domingo. Depois entra para a King Features Syndicate e trabalha como desenhista-assistente, até que em 1934.
Pouco tempo depois entra num concurso interno dentro da empresa, ganha e começa a trabalhar em sua própria produção e faz simultaneamente tiras para Jim das Selvas, Flash Gordon e o Agente Secreto X-9, com roteiros de romancista Dashiell Hammett. Raymond começou a trabalhar freneticamente pois tinha de dar conta de todas as tiras diárias e mais as tiras dominicais, já que o Agente Secreto X-9 fazia sucesso tanto quanto Dick Tracy, seu concorrente.
Já Jim das Selvas era o mais complicado de todos, pois tinha como concorrente o poderoso e já famoso Tarzan de Foster, mas os desenhos de Raymond narrando as aventuras do caçador Jim Bradley incomodava e bastante.
A fama chegou mesmo para Alex Raymond quando ele lançou as aventuras de Flash Gordon, a namorada dele chamada Dale e o professor Zarkov, no planeta Mongo, em luta contra o todo poderoso e cruel imperador Ming. Raymond percebendo que não conseguiria dar conta de três personagens, todas ao mesmo tempo, resolveu largar o Agente Secreto X-9 e Jim das Selvas e dedicar todos os seus esforços em Flash Gordon e também por Flash ser o seu grande trunfo.
Em 1944 resolve deixar os desenhos e entrar para a Marinha, mas retorna dois anos depois, em 1946, e com a guerra batendo as portas dos Estados Unidos, Raymond cria uma nova tira, Rip Kirby, que narra as aventuras de um ex-oficial da Marinha que acaba tornando-se um detetive particular. Em 1950 torna-se presidente da Sociedade Nacional dos Cartunistas e ocupa o cargo até 1951. Lamentavelmente cinco anos mais tarde morre num acidente de carro, em 6 de setembro de 1956.
Em 2 de novembro de 1935 Jim das Selvas começou a ser apresentado semanalmente, num espetáculo de 15 minutos, pela rádio, com Matt Crowley como Jim Bradley (Jim das Selvas), Gerald Mohr (que substituiu Matt Crowley por um breve tempo em 1938), Juano Hernandez como Kolu e Frank Hale como Shanghai Lil. O programa era narrado por Glenn Riggs e Roger Krupp, produzido por Jay Clark e roteiro de Gene Stafford. O programa foi encerrado em 1 de agosto de 1954.
Em 1937 surge o primeiro filme chamado "Jim das Selvas", em branco e preto, com direção de Ford Beebe e Cliff Smith, tendo no elenco Grant Withers como Jim das Selvas, Betty Jane Rhodes, Raymond Hatton, Henry Brandon, Bryant Washburn, Selmar Jackson, Al Bridge, Paul Sutton, Newton Wither, entre outros. Grant Withers foi o primeiro ator a representar este personagem no cinema, num filme de 12 capítulos consecutivos, mas ele acabou sendo ofuscado pelo segundo Jim das Selvas do cinema, interpretado por Johnny Weissmuller.
Grant Withers era casado com Loretta Young e gostava de ficar bebendo com seus amigos John Wayne e John Ford. Trabalhou em muitos filmes de western. Sua carreira acabou em 1959 quando ele cometeu suicídio com uma garrafa de pílulas para dormir, deixando uma nota de desculpa a todos os seus amigos de Hollywood.
O filme, "Jim das Selvas" de 1937, foi influenciado fortemente pelo romance "White Goddess Ayesha in Africa" de H.Rider Haggard, onde a personagem Lion Goddess (Betty Jane Rhodes) era uma sobrevivente de naufrágio . A influência de Tarzan sobre o filme também foi muito grande. O filme narrava Jim (Grant Whithers) indo num safári pela África para encontrar Joan (Betty Jane Rhodes) que havia desaparecido na selva.
Ao chegar lá descobre que ela tornara-se líder de uma tribo africana e era dominada pelo poder de um sujeito misterioso e mal chamado por todos de O Cobra (Henry Brandon). Jim ajuda Joan a escapar das mãos do Cobra, enfrentado as feras e os bandidos e assim trazendo ela de volta à civilização.

Depois veio a vez de Johnny Weissmuller fazer o personagem do seu jeito, já no segundo filme. Apesar de um pouco mais gordo, principalmente ao redor da cintura, já estava na hora de fazer a transição dele de Tarzan para um outro personagem.. Embora houvesse uma pobreza na produção, os espectadores, principalmente as crianças gostaram dessa transição, embora os adultos ainda ficassemnostálgicos em ver Johnny como Tarzan. O primeiro filme com Johny Weissmuller aconteceu em 1948, em "Jungle Jim".
Neste filme ele conduz uma linda cientista (Virginia Grey) para um Templo escondido de Zimbalu à procura de uma cura para a pólio. Neste filme Lisa Barton interpreta a princesa da selva, Rick Vallin o seu irmão e George Reeves (Superman) faz um raro papel como vilão, que quer roubar o tesouro do templo. A primeira experiência de Weismuller como Jim das Selvas não foi tão ruim assim, principalmente para um filme dirigido principalmente as crianças e também porque era muito divertido aos adultos ver ele fora dos filmes de Tarzan.
O segundo filme da série "The Lost Tribe" (1949) manteve o mesmo diretor William Berke, mas não conseguiu manter o mesmo nível de qualidade do primeiro, mas Berke ainda dirigiria mais sete dos dezesseis filmes.Neste filme participaram Elana Verduga como uma garota nativa, Myrna Dell como uma donzela cega e angustiada e os vilões eram Ralph Dunn e Joseph Vitale.
No filme Jim tenta manter o local da cidade perdida de Dzamm em segredo a pedido de Zoron (Nelson Leigh) líder do povo escondido. Quando os marinheiros descobrem a terra escondida, Jim entra em ação, juntamente com o seu exército de gorilas para proteger e salvar a cidade.

"Mark of the Gorilla" (1950) trazia nazistas ladrões de ouro e vestindo roupas de gorilas para assustarem as pessoas. Neste mesmo ano surgia outro filme "Captive Girl" (1950) apresentado Sheena, uma espécie de garota da selva, interpretada por Anita Lhoest que foi chamada de Will Girl of Lake Bokonji (Menina Selvavem do Lago Bokonji). A beleza dela numa fantasia de Leopardo era sensacional, embora a produção do filme não fosse lá essas coisas.
"Pygmy Island" (1950) foi outro filme de Jim das Selvas, nele Jim leva pessoas a procura de uma planta rica em fibras da qual se produz um pano muito resistente, com a ajuda de uma tribo de pigmeus. Nesta filme participaram Billy Curtis e Billy Barty. A co-estrelaSherry Moreland esteve presente no papel de uma líder amazônica em "Fury of the Congo" (1951).
Neste filme Jim encontra uma tribo que adoram uma espécie desconhecida de um animal chamado de Okongo, que se parece uma falsa zebra. Também aparecem gigantesca aranhas que contém um narcótico potente. Muitos críticos consideram este o melhor filme da série.
"Jungle Manhunt" (1951) contou com a presença de Charlie Manson. Neste filme Charlie começa uma guerra racial em negros e a maioria branca. Os negros conseguem ganhar por serem mais selvagens. Como os negros precisam de um líder branco para sobreviver, ele acaba virando um rei. Esta série inclui também uma briga de estranhos dinossauros e uma receita para fazer diamantes.
Em "Jungle Jim in the Forbidden Land" (1952) Jim e seu chipanzé chamado de Tamba, juntamente com a linda antropóloga (AngelaGreen) e alguns sujeitos maldosos, visitam uma terra secreta onde existem pessoas gigantescas. O par gigantesco pré-histórico é interpretado por Clem "Tex" Erickson e Irmgard Helen H. Raschke.

Em "Voodoo Tiger" (1952) tem um vilão nazista pós-guerra a procura de tesouros de arte e também aparece uma tribo de caçador de cabeças que adoram um tigre que é muito amigo de Jim das Selvas. Em "Savage Mutiny" (1953) Jim tem que localizar um povo aborígine para o governo dos Estados Unidos para poder usar suas terras para testar uma bomba atômica. O enredo é baseado num acontecimento real ocorrido com as pessoas que viviam na Ilhas de Biquini (local onde aconteceu a primeira experiência de uma explosão nuclear).

Inclusive em alguns episódios como "Valley of the Headhunters" (1953) as tribos em guerra requerem a Jim das Selvas para fazer a mediação de paz. Em "Killer Ape" (1953) aparece um homem-macaco perigosíssimo, interpretado por Max Palmer, que representa possivelmente um elo perdido, enquanto um grupo de cientistas querem testar armas biológicas nos animais da selva, mas Jim das Selvas, bem como o homem-macaco unem-se e lutam para que isso não aconteça.
Em "Jungle Man-Eaters" (1954) mostra um contrabandista de diamantes chamado Leroux que quer explorar as terras tradicionais de uma tribo muito bondosa. Em "Cannibal Attack" (1954), agora como Jungle Johnny (Johnny das Selvas) tem que lutar contra espiões que querem roubar uma remessa de cobalto disfarçando-se de crocodilos.
Embora Jim das Selvas ainda seja o personagem principal, o nome foi mudado para Jungle Johnny, pois os direitos do personagem haviam sido transcorridos e vendidos para uma série de televisão, contudo Weissmuller teve que cumprir o contrato da Columbia para mais três filmes.
Em "Jungle Moon Men" (1955), Weissmuller aparece novamente como Johnny das Selvas no lugar de Jim. O episódio era inspirado em vários romances de H.Rider Haggard. A imortal Rainha Oma (Helena Stanton) parece muito com o romance "She-Who-Must-Be-Obeyed" e "She, Ayesha & Wisdom´s Daughter".
Neste filme a Rainha Oma reina sob os últimos vestígios da um culto egípcio antigo, onde a rainha é adorada por uma raça de pigmeus, cujo rei é interpretado por Billy Curtis. Apesar dela ser adorada em sua escuridão, no Tempo infestados de leões de Baku, sua imortalidade vem finalmente ao fim quando ela é exposta ao sol e se transforma em pó.
O décimo sexto e último filme de Jim das Selva, ainda como Jungle Johnny foi "Devil Goddess" (1955). Nele Johnny conduz o professorBlake (Selmer Jackson) e sua filha Nora (Angela Stevens) a uma selva inexplorada em busca de um cientista perdido (William M.Griffith).
Lá eles encontram pessoas comedoras de fogo de Kirundu, que fazem sacrifícios da virgem ao fogo-demônio num vulcão próximo. Tudo isso acontece em meio a um tesouro árabe perdido. Vera M. Francis interpreta a menina nativa virgem que deve ser salva das chamas.
De 1955 a 1956, a Screen Gems passou a produzir uma série de TV de Jim das Selvas, num total de 26 episódios, mantendo JohnnyWeissmuller como estrela principal. A série televisiva era muito inferior aos filmes, pois a produção era bem mais barata e os episódios preservavam uma tendência menos fantásticas que a dos filmes. A série de televisão foram dirigidos por Earle Bellamy e DonMacDougall.
A série de televisão inicia sua história em 1954, quando os filmes de Jim da Selvas passa para as mãos da subsidiária da Columbia, a Screem Gems, por determinação do produtor Harold Greene que achou uma boa oportunidade de trazer o filme para a televisão, exatamente o Sam Katzman havia feito do teatro um filme, e também porque o produtor achava que essa era a melhor forma de baixar o custo de produção.
Quando Johnny Weissmuller completou o seu último filme para a Columbia, ele passou automaticamente a fazer a série de televisão para a Screen Gems, num acordo feito entre Sam Katzman´s Clover Productions e a William Morris Agency, reafirmada em janeiro de 1955. Donald Mcdougall dirigiu a maioria dos episódios, mas os primeiros quatro foram dirigidos por Earl Bellamy.
Para a série foi contratado também Norman Fredric para interpretar o amigo confidente, o hindu Kasseen. Norman mudou depois seu nome para Dean Frederic e trabalhou em outra séries como Steve Canyon, entre outros. Martin Huston para interpretar o filho de Jim e a volta de Tamba, o chipanzé, que era interpretado por alguns chipanzés da Neal of the World Jungle Compound. O ator Paul Cavanagh também fez algumas participações como Comissário Morrison. Esta foi o primeiro aparecimento dele junto com Weissmuller, desde Tarzan and His Mate.
Ao contrário da maioria dos filmes de Jim das Selvas, a série de televisão usou bastante atores negros para retratar os africanos, embora Jim visitasse também outros continentes, principalmente a selva asiática. Cada episódio da série tinha aproximadamente 25 minutos e quase sempre Jim aparecia envolvido em algum mistério ou ajudando algum nativo contra os homens brancos, assim como era freqüente os temas envolvendo Jim ensinando uma lição ao seu filho. Para viajar Jim tinha um avião chamado "The Sitting Duck" (O pato sentando).
Algumas das cenas da série foram filmadas no estúdios da MGM que mantinha sua própria selva e rio. Ocasionalmente eram usadas pedaços dos antigos filmes como no episódio intitulado “Lagoon of Death” para as cenas de "The Lost Tribe and Fury of the Congo" para ajudar a preencher os 25 minutos.
O documentário/drama "I Married Adventures" proveu um ou dois episódios como em “Wild Man of the Jungle”. A série de televisão Jim das Selvas foi apresentado originalmente nos Estados Unidos, pela syndication, de 26 de setembro de 1955 até 19 de março de 1956, num total de 26 capítulos de aproximadamente 25 minutos cada episódio.
Quando a série de televisão terminou, infelizmente também acabava a carreira de Johnny Weissmuller. A pouco tempo atrás a NostalgiaChannel ressuscitou algumas destas séries e ocasionalmente são mostrados alguns episódios disponíveis para os entusiastas através de companhia de vídeos. Ao contrário de muitas outras séries de televisão, Jim das Selvas foi registrado e a Columbia continua tendo sua autorização de direitos até 2006, pelo menos. No Brasil esta série foi apresentado por volta de 1961.
Johnny Weissmuller (nome verdadeiro János WeiBmüller), em 2 de junho de 1904, em Banat, na Romênia, veio juntamente com sua família para os Estados Unidos em 1911, quando Johnny tinha 7 anos. Teve uma carreira excepcional como desportista, conquistando cinco medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928, estabelecendo 67 recordes mundiais de natação e ganhando 52 campeonatos nacionais.
Em 1931 entrou para o cinema e imortalizou-se pela sua interpretação de Tarzan. Depois fez Jim das Selvas, no cinema e para a televisão. Morreu em 20 de janeiro de 1984, em Acapulco, México, vítima de um edema pulmonar, ao lado de sua sexta mulher.
Norman Fredric (nome verdadeiro Frederick J.Foote) nasceu em 1924 e morreu em 1999. Mais tarde mudou seu nome artístico para Dean Fredrericks quando trabalhou em The Phantom Planet em 1961. Trabalhou em várias séries como Rin, Tin tin, Steve Cannyon, O Menino do Circo, Laramie, Bronco, The Lawman, Rawide, entre outros.
Martin Huston nasceu em Lexington, Kentucky, USA, apareceu pela primeira vez num curta de 1953 chamado My Son Jeep e em 1959 tem um papel regular em Too Young go Steady. Apareceu também em The Inner Sanctum (1954), Diagnosis Unknow (1960), entre outros. Morreu de câncer em agosto de 2001 aos 60 anos.

AUTOR: TV SINOPSE

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