GALÁCTICA

Galáctica - Astronave de Combate era uma série de ficção-científica, criado por Glen A. Larson, apresentada originalmente pela rede de televisão ABC, nos Estados Unidos, entre 17 de setembro de 1978 até 29 de abril de 1979, e rapidamente alcançando êxito mundial.

Sua produção deve-se claramente ao êxito de A Guerra nas Estrelas, de George Lucas e também a discussão, na época, do livro Eram os Deuses Astronautas?, que fazia alusões às velhas civilizações Egípcias, Maias, Toltecas e outras tantas, que poderiam ter sido descendentes de seres espaciais.

Toda a estrutura do filme sugere que esses seres humanos mostrados na série, que até hoje lutam pela sobrevivência no espaço, são os antepassados provavelmente dos Egípcios. Certamente o filme era uma reação da televisão americana à revolução dos efeitos especiais, alçados às estrelas pelos filmes de Hollywood.

A série contava também com a pomposa música orquestrada de autoria de Stu Philips, uma trilha baseada em brilhantes e dramáticos acordes de metais e cordas. A série tinha como elemento essencial os efeitos especiais assombrosos para o tipo de produto e também pela presença de atores de grande renome na época como Lorne Greene (Comandante Adama e conhecido pelo seu papel em Bonanza), Richard Hatch (Capitão Apolo), Dirk Benedict (que mais tarde trabalharia em Esquadrão Classe A), entre outros.

A série contava a história de um grupo de humanos, provenientes inicialmente das 12 colônias, situados numa galáxia distante, envolvidos numa guerra de mais de mil anos, entre os humanos e o império Cylon, colonizados pelos Cylonios, uma espécie de robôs cíclopes, liderados por um líder, com a aparência de um réptil, que queria exterminar os humanos, que em sua visão ameaçavam a sua existência.

Uma proposta de paz é idealizada entre os cylons e os humanos. Nesse dia todas as astronaves de combate das doze colônias deveriam se reunir e participar da assinatura do armistício com o Império Cylon. O único a desconfiar dessa assinatura é o cético e astuto comandante Adama (Lorne Greene), comandante da astronave de combate Galactica, um gigantesco porta-aviões-encouraçado, que envia dois caças desarmados para reconhecimento, com a desculpa de estar saudando a chegada dos cylonios.

Adama envia os seus melhores pilotos, seu filho, o capitão Apolo (Richard Hatch) e Starbuck (Dirk Benedict). Em combinação com Starbuck, Apolo decide levar seu irmão Zacharias em sua primeira patrulha estrelar, imaginando que essa fosse apenas uma missão de saudação diplomática.

Quando os caças partem, logo descobrem que, escondidos atrás de uma área de asteróides, encontram-se duas naves de combustíveis cylons e rapidamente apercebem-se de que o armistícios era um embuste. Desesperados e sem armas, eles partem em busca da sua nave-mãe, quando Zacharias é atingido e seu irmão Apolo é obrigado a deixá-lo, para ir atrás de ajuda.

Mesmo conseguindo chegar a nave-mãe e alertar sobre o acontecido, o comandante Adama acompanha seu filho Zacharias ser destruído pelos cylonios. Sem perda de tempo, o comandante Adama coloca a nave de combate Galactica em alerta, o que chama a atenção do presidente na nave capitânia. Imediatamente o presidente ordena a Galactica a baixar a guarda, aconselhado por Balthar (John Colicos), um traidor da causa humana.

Adama tenta desesperadamente alertar que os cylônios vão atacar a qualquer momento, mas o presidente não lhe dá ouvidos. Pouco tempo depois inicia-se o ataque dos cylônios e todas são pegos de surpresa, com exceção da Galactica, que rapidamente entra em combate, lançando seus poderosos caças Mark-II, liderados por Starbuck, juntamente com seus amigos Boomer (Herb Jefferson Jr.) e Jolly (Tony Shwartz) que fazem de tudo para salvar a Galactica, abatendo aos montes caças cylon, perseguindo-as em cenas espetaculares de batalha espacial.

Enquanto isso, todas as 20 baterias de canhões laser duplos são acionadas, defendendo a astronave de seus algozes. Reconhecendo a inutilidade de uma resistência até a morte, Adama ordena que a Galactica abandone o dramático cenário da guerra, rumo a cidade de Cáprica, capital do planeta natal da astronave, em velocidade máxima. Adama desconfia (e mais uma vez acerta) que o ataque é em grande escala e contra toda a raça humana.

A nave presidencial é destruída assim como inúmeras naves de combate: Atlantia, a nave capitânia, explode num fulgurante espetáculo de luzes e sons, enquanto Balthar, o traidor das doze colônias, escapa furtivamente. Adama chega a tempo de ver sua casa destruída. Sua esposa está morta. Seus sonhos de paz se esvanecem.

Percebendo que a raça humana estava no fim, Adama chama todas as naves das doze colônias, ainda em condições de navegar. A frota, a mais heterogênea já composta, reúne os últimos 50 mil seres humanos restantes, de doze planetas arrasados pelo império Cylon. Os remanescentes caças são chamados a pousar na nave-mãe. Apenas 78 caças sobreviveram à pavorosa batalha.

Após inúmeras aventuras, a combalida frota lança-se rumo ao espaço desconhecido, em busca de uma lendária 13ª. tribo que teria colonizado um distante, pequeno e brilhante planeta azul chamado Terra. Sua única proteção militar era a última astronave de combate, cujo comandante passaria por inúmeras dificuldades sempre auxiliado por seu filho e seus subordinados.

Balthar, que havia sido aprisionado pelos Cylônios após a traição à raça humana, é conduzido à chefia de uma nave base cylon, com o objetivo de localizar a Galactica e destruir os últimos representantes da raça humana, com a ajuda de um fiel servidor, Lúcifer. Essa é a primeira parte do espetáculo (1978-1979), que é contada nos 24 episódios de aproximadamente 60 minutos cada.

Apesar de alcançar um grande sucesso no mundo inteiro, em 1979, a série foi cancelada. Muitos autores apontam o motivo desse cancelamento era devido aos altos custos de produção da série. Somente o episódio piloto da série custou a bagatela de 3 milhões de dólares, a mais cara produção daquela época. Hoje essa quantia não seria considerado tão enorme assim.

Mas outros motivos também levaram ao seu cancelamento, pois o plano original constava uma mini-série de sete horas, algo inédito para a época, que acabaram por transformar todo o calendário de produção num verdadeiro caos, além disso, para complicar mais a história a Fox foi processada com a alegação de que a produtora estaria infligindo os direitos autorais por novelizar o filme "Guerra nas Estrelas" (Star Wars) para a televisão.

Em 1980, porém, após um minucioso levantamento da produção e uma ruidosa reação dos fãs que ansiavam pelo retorno da série Galáctica, a Universal, juntamente com a ABC, decidiram produzir um spin-off da série que foi chamada de Galáctica 1980, para o qual foi destinado menos tempo e um pressuposto significativamente menor que a série antecessora.

Para cortar custos, somente Lorne Greene foi mantido da série anterior, além das filmagens focarem ruas e prédios normais, já que a série passou a mostrar o que acontecia após a chegada dos aliens na Terra. Ela durou somente 10 capítulos e foram suficientes para que ela fosse considerada, por muitos autores, como uma das piores séries de ficção-científica da história.

Nesta segunda produção, diversos personagens da primeira fase como Apolo, Cassiopéia, Athena, Starbuck, Coronel Tigh e até o vingativo Balthar não estão mais presentes, somente Adama permanece e novos personagens são introduzidos. Esta fase mostra a Galactica finalmente conseguindo chegar a Terra e logo descobrem que devido a baixa gravidade do nosso planeta, em relação às suas de origem, a força dos capricanos é multiplicadas diversas vezes, além de serem mais inteligentes e possuírem uma tecnologia muito mais avançada.

Aos poucos Adama vai descobrindo como nós somos, os terráqueos, a mesquinheza dos nossos governantes e sede pelo poder. Sabendo disso, ele não informa a Terra sobre a ameaça cylon que se aproxima. Auxiliado pelo filho de Starbuck, dr. Zim, um jovem e genial cientista, propõe defender a Terra contra a nova geração de cylons que o seguiu e descobriu o último reduto da humanidade. Estas séries foram apresentadas no Brasil a partir de 1981 pela rede Globo de televisão, com enorme sucesso.

Vinte anos depois do cancelamento de Galactica 1980, novos projetos se afloram. Cada um destes projetos estavam nas mãos de duas pessoas fundamentais para o desenvolvimento de uma nova série de Galactica: Glen Larson, criador da série e Richard Hatch, o ator que protagonizou o personagem Capitão Apolo na série original.

Cada um deles tinha seu próprio plano para a retomada de Galactica: Larson acreditava que era melhor fazer um filme com um novo elenco, mas Hatch considerava que podia fazer qualquer coisa (uma longa-metragem, uma nova série ou até mesmo uma minissérie) desde que ele pudesse atuar no projeto. Evidentemente Hatch queria relembrar os tempos em que ele era protagonista de uma série de grande êxito.

O grande problema, porém, estava na possessão dos direitos e da franquia da série. Larson acreditava que correspondia a ele por ser o criador da série, mas Hatch assegurava que ela pertencia a Universal (a produtora de Galactica) com quem pretendia chegar a um acordo. A vencedora foi o projeto de Larson: A idéia surgiu na realidade do produtor Todd Moyer que estava buscando um novo projeto para produzir depois de Wing Commander.

Entre as primeiras idéias que teve foi a de voltar a produzir Galactica. Foi em busca dos contratos originais e para seu alívio descobriu que os direitos figuravam em nome de Glen Larson, que se interessou pela ideia de Moyer e acabou como co-produtor do projeto.

A equipe foi formada entre Moyer e Larson, que parecia ter as coisas bastante claras: Presumia-se um orçamento entre 45 a 50 milhões de dólares, dos quais um terço iria somente para os efeitos visuais. O filme seria rodado na Babelsberg Studios, na Alemanha, o mesmo local onde foi filmado o histórico filme Metropolis.

Assim, em dezembro de 2003, finalmente é apresentado a nova série de Galáctica pela Sci Fi Channel, nos Estados Unidos, uma nova mini-série em dois capítulos, com duração de 182 minutos, uma nova releitura inspirada em textos originais de Galactica, produzidas entre 1978 a 1979. As filmagem foram realizadas no Canadá. Essa produção, em relação a série original, possui várias mudanças que vão desde origem dos cylons, que na fase original mostra que eles foram criados por alienígenas. Já nesta minissérie os cylons são produtos dos próprios humanos.

Fora isso, é feita uma apresentação com um novo visual, com tons mais sombrios e apresentando o novo Comandante William Adama, agora interpretado pelo ator Edward James Olmos, chefe da nave de batalha espacial Galactica e os outros novos e velhos personagens, com novos atores. Existe também uma grande influência, admitida até pelo diretor Ronald D.Moore, dos ataques ocorridos nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, na composição do enredo, pois no primeiro episódio desta minissérie é mostrado um ataque suicida de uma espaçonave civil à Galactica.

Desde o princípio, esta minissérie de 2003, deixa claro, que ela não é uma continuação, mas sim uma releitura do original. Apresentado como uma minissérie em dois episódios e que logo em seguida acabou se transformando numa série completa.Enquanto a série clássica falava de um êxodo humano através do espaço, depois de sua derrota diante dos robôs chamados de cylons, com claras referências bíblicas, esta nova série pressupõe que os cylons, são uma criação do homem, e que este havia se rebelado contra eles.

Ademais, nesta nova versão, alguns modelos de cylon tem aspectos de humanos e possuem até sentimentos, isto tem agrado uns e também provocado desagrado a muitos fans da série clássica. É certo que a história é o mesmo em sua essência, mas existem alguns detalhes que diferem bastante da original, inclusive a transformação de certos personagens como Starbuck, Boomer e Cain, em mulheres.

Também o personagem de Baltar provoca poucas simpatias, devido ao seu comportamento irracional e quase que psicopata. Existem muitas outras diferenças menos evidentes, como por exemplo, a eliminação do look egípcio dos uniformes dos pilotos na fase original. Mas apesar de tudo, a série tem conseguido boas audiências e críticas muito positivas, que mereceram até um Prêmio Peabody em 2006. Nos Estados Unidos tem recentemente (2006) surgido notícia da produção de uma quarta temporada e até de uma telefilme.

Esta nova versão inicia-se a partir desta nova mini-série de 2003, contendo 2 episódios e depois transformada em série contínua (de 2004 em diante) e relata a história de homens de 12 colônias de Kobol, numa galáxia distante, lutando contra os cylons, criaturas robóticas, com inteligência que se voltam contra seus criadores, os humanos, com resultados mortais.

Depois de uma guerra e um tratado de paz, os cylons se retiram para o seu mundo, num outro local da galáxia. Quatro décadas depois, esses seres robóticos, que anseiam pela sua independência, reaparecem novamente, agora com poderes muito mais devastadores e com intenções muito mais malignas. Eles criam uns seres artificiais com componentes biológicos, com aparência humana, que se infiltram nas colônias para destruir a raça humana.

Isso é conseguido graças ao Dr. Baltar, que tem um "affaire" com uma bela cylon, de aparência humana, que passa os dados de inteligência. Essa mulher, chamada de número 6, usa a informação para eliminar as defesas planetárias e facilitar o ataque. Somente a na nave estelar de combate Galactica (apesar de já bastante velha e desgastada) comandada por Adama consegue escapar, juntamente com uma frota de naves civis de refugiados, após a queda da raça humana.

Roslin, uma ex-conselheira da cultura, passa a ser Presidenta e pede a Adama para dar esperanças a frota e encontre a lendária décima terceira colônia chamada Terra e assim decidem sair em busca, mas são seguidos pelos cylons. A partir dai, muitas aventuras passam a acontecer, em temporadas ainda em franca produção, até o fechamento desta matéria em 2006.

Elenco da série Galactica de 1978 a 1979

Comandante Adama - Lorne Greene

Capitão Apollo - Richard Hatch

Tenente Starbuck - Dirk Benedict

Tenente Boomer - Herbert Jefferson Jr.

Athena - Maren Jensen

Cassiopeia - Laurette Spang

Tenente Sheba - Anne Lockhart

Boxey - Noah Hathway

Muffit - Chimpanzé Evie

Coronel Tigh - Terry Carter

Sargento Jolly - Tony Swartz

O comilão da nave. Alegre e bem-humorado.

Fred Astaire interpretou o pai de Starbuck

John Colicos, como o humano traidor Baltar

Jonathan Harris como a voz do robô Lúcifer.

Elenco - Galactica 1980

Lorne Greene como Comandante Adama

Kent McCord como Capitão Troy

Barry Van Dyke como Tenente Dillon

Robyn Douglas como Jamie Hamilton

Robbie Rist como Dr. Zee (1)

James Patrick Stuart como Dr. Zee (2)

Herb Jefferson Jr. como Coronel Boomer

Elenco - Battlestar Galactica - de 2003 em diante

Edward James Olmos - Comandante William "Husker" Adama

Mary McDonnell - Presidente Laura Roslin

Katee Sackhoff - Capt. Kara "Starbuck" Thrace Anders

Jamie Bamber - Major Lee "Apollo" Adama

James Callis - Dr. Gaius Baltar

Grace Park - Lt. Sharon "Boomer" Valerii / Lt. Sharon "Athena" Agathon / Cylon #8

Michael Hogan - Col. Saul Tigh

Aaron Douglas - Chief Petty Officer Galen Tyrol

Tahmoh Penikett - Capt. Karl C. "Helo" Agathon

Alessandro Juliani - Lt. Felix Gaeta

Tricia Helfer - Cylon #6

Lucy Lawless - D´Anna Biers

Kandyse McClure - Anastasia Dualla

Richard Hatch - Tom Zarek

Paul Campbell - Billy Keikeya

Nicki Clyne - Petty Officer Cally Henderson Tyrol

Bodie Olmos - Brendan "Hot Dog" Costanza

Donnelly Rhodes - Dr. Cottle

Kandyse McClure - Lt. Anastasia "Dee" Dualla Adama

AUTOR: TV SINOPSE