Raízes (no original em inglês Roots) é uma premiada série de televisão americana de 1977 baseada no livro Negras Raízes, de Alex Haley.
A série recebeu 36 indicações para o Prêmio Emmy, dos quais conquistou nove, além de vencer um Globo de Ouro e um Prêmio Peabody. Atingiu índices de audiência únicos quando foi exibida originalmente nos Estados Unidos, e o seu episódio final até hoje é a terceira maior audiência já registrada naquele país em todos os tempos. A série cativou o público por cruzar com sucesso fronteiras raciais e atingir o interesse de famílias de todos os grupos étnicos do país.
Raízes teve LeVar Burton no papel principal, o escravo Kunta Kinte, e Louis Gossett, Jr. como Fiddler. Uma continuação, Roots: The Next Generations, foi transmitida em 1979; uma segunda continuação, Roots: The Gift, produzida como um especial de Natal, contou novamente com a participação de Burton and Gossett, Jr.
A série e o romance do qual ela foi adaptada renovaram o interesse na história oral e genealógica entre todos os segmentos da população americana, mas principalmente entre os negros. Também despertou um interesse em nomes de origem africana entre aquele setor da população; Kizzy (interpretada por Leslie Uggams), por exemplo, tornou-se um nome comum para recém-nascidas afro-americanas naquela época. Outros efeitos culturais também foram duradouros; uma geração depois de sua exibição, o comediante americano Dave Chappele satirizou a série num esquete popular de seu programa, Chappelle's Show.
Raízes foi dirigida por Marvin J. Chomsky, John Erman, David Greene e Gilbert Moses, e produzida por Stan Margulies; David L. Wolper foi produtor-executivo. A trilha sonora, também de grande sucesso, foi composta por Gerald Fried e Quincy Jones.
O próprio Alex Haley narra os últimos minutos da série, na qual fotos de Haley aparecem ao lado das de seus ancestrais, abrangendo nove gerações - de Haley até a avô de Kunta Kinte, na África.
No Brasil a série foi exibida pela Rede Globo no final da década de 1970, e reprisada pelo SBT na década seguinte, atingindo também elevados índices de audiência em ambas as ocasiões.
Em 2016, um remake da minissérie original, com o mesmo nome, foi encomendado pelo canal History.
Twin Peaks é uma série de televisão norte-americana criada por Mark Frost e David Lynch. A série segue a investigação do agente do FBI Dale Cooper sobre o assassinato da popular estudante de colegial Laura Palmer.
O episódio piloto de Twin Peaks foi exibido pela primeira vez em 8 de abril de 1990 na ABC e acabou levando a outros sete episódios, que formam sua primeira temporada. Depois, houve uma segunda temporada de 22 episódios, que foi ao ar até 10 de junho de 1991. O título da série provém de seu cenário principal, a cidade ficcional de Twin Peaks, em Washington.
Os exteriores foram filmados principalmente em Snoqualmie e North Bend, com cenas adicionais gravadas no sul da Califórnia.
A maior parte das cenas interiores foram filmadas em cenários construídos em um armazém no Vale de São Fernando.
A produção foi considerada revolucionária para época, pois fugia das fórmulas de outras séries que, geralmente, buscavam algum senso de moral. Twin Peaks possuía uma história complexa nunca vista em uma série antes, personagens estranhos e excêntricos, tramas cheias de mistérios, sendo difícil categorizá-la, pois possuía momentos alternados entre suspense, surrealismo, drama, policial, humor e terror psicológico.
A série influenciou outras séries, como Arquivo X. A misteriosa morte de Laura Palmer, a música tema de Angelo Badalamenti, assim como a forma como cada habitante de Twin Peaks estava envolvido com a morte de Laura Palmer, ajudaram a segurar o trama e a tensão e ter uma 1ª temporada aclamada pelo público e crítica até os dias atuais.
Twin Peaks tornou-se um dos programas mais assistidos da década de 1990 e um sucesso internacional de crítica. Refletindo seus fãs dedicados, a série tornou-se parte da cultura popular, se tornando referência para outras séries de televisão, comerciais, quadrinhos, jogos eletrônicos, filmes e músicas.
A 2ª Temporada teve mais episódios, mais cenas surrealistas e mais personagens. As diversas mudanças de horários por parte da ABC prejudicaram a audiência, e fizeram com que a emissora pressionasse David Lynch para que ele revelasse o assassino de Laura Palmer.
Esta revelação acarretou em um menor interesse do público pela série, já que a morte da Laura Palmer ajudava a manter a tensão na série. Em 1992, a série teve uma prequela que mostrava os últimos dias de Laura Palmer, o filme Twin Peaks: Fire Walk with Me e em 2017 a série retornou como uma série limitada de 18 episódios no canal a cabo Showtime.
No Brasil, a série começou a ser transmitida pela Rede Globo em 7 de abril de 1991, sempre aos domingos logo após o Fantástico. Porém, este era um horário ruim para os que queriam assistir a atração uma vez que teriam que acordar cedo na segunda-feira para estudar, trabalhar etc. Ademais, desde o início, a emissora "reformatava" todos os episódios para fazê-los "caberem no espaço da grade já com muitos intervalos comerciais", para tanto, "cortava" vários minutos de cada episódio, eliminando trechos que "a emissora considerava detalhes".
Estes cortes dos "detalhes" prejudicou de imediato o entendimento da série uma vez que, como sempre foi a tradição de David Lynch, as explicações e o "sentido do todo" estão sempre em detalhes que se somam de episódio para episódio e, sem estes, a série ficava totalmente sem sentido.
Com isso, o retorno em audiência foi baixo, e a emissora passou a pular alguns episódios - piorando ainda mais o entendimento da série pelos telespectadores e a audiência - e, logo depois, cancelou por completo sua transmissão, criando uma verdadeira confusão com aqueles que tentavam acompanhar a série.
Em 1993, a Rede Record recolocou o seriado na televisão aberta brasileira, exibindo todos os seus episódios por completo, sem cortes e na sequência, até 1994, fazendo a série ser entendida e conquistando fans aficionados; a emissora ainda voltaria a reprisar Twin Peaks em 1995 após uma breve pausa.
Quando a série foi lançada em VHS, tornou-se um cult. Depois de mais de 20 anos, a série ganhou uma reprise pelo Canal Viva da Globosat a partir do dia 1° de maio de 2012.
Elenco
Kyle MacLachlan .... Dale Cooper, agente do FBI
Michael Ontkean .... Sheriff Harry S. Truman
Mädchen Amick .... Shelly Johnson
Dana Ashbrook .... Bobby Briggs
Piper Laurie .... Catherine Packard Martell
Richard Beymer .... Benjamin Horne
Lara Flynn Boyle .... Donna Hayward
Ray Wise .... Leland Palmer
Sherilyn Fenn .... Audrey Horne
Warren Frost .... Dr. Will Hayward
Peggy Lipton .... Norma Jennings
James Marshall .... James Hurley
Everett McGill .... Big Ed Hurley
Jack Nance .... Pete Martell
Kimmy Robertson .... Lucy Moran
Joan Chen .... Jocelyn 'Josie' Packard
Harry Goaz .... Deputy Andy Brennan (28 episódios)
Michael Horse .... Deputy Tommy 'Hawk' Hill (28 episódios)
Wendy Robie .... Nadine Hurley (24 episódios)
Sheryl Lee .... Laura Palmer/Madeleine Ferguson (18 episódios)
Russ Tamblyn .... Dr. Lawrence Jacoby (16 episódios)
Catherine E. Coulson .... Margaret Lanterman, a Senhora do Tronco (12 episódios)
Frank Silva ..... BOB (11 episódios)
David Lynch .... Gordon Cole, chefe do departamento regional do FBI (7 episódios)
Heather Graham .... Annie Blackburn (6 episódios)
Recepção da crítica
Em sua primeira temporada, Twin Peaks teve ampla aclamação por parte da crítica especializada. Com base de 16 avaliações profissionais, alcançou uma pontuação de 96% no Metacritic. Por votos dos usuários do site, atinge uma nota de 9,3, usada para avaliar a recepção do público. Já a segunda temporada de possui uma nota de 9,0 dada pelos usuários do mesmo site.
No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, a primeira temporada de Twin Peaks possui 98% de aprovação dos críticos reunidos no site enquanto a segunda temporada possui 87%.
Prêmios e nomeações
Para sua primeira temporada, Twin Peaks recebeu quatorze nomeações no Primetime Emmy Awards de 1990, for Mellhor Série Dramática, Melhor Ator em Série Dramática (Kyle MacLachlan), Melhor Atriz em Série Dramática (Piper Laurie), Melhor Atriz Coadjuvante em Série Dramática (Sherilyn Fenn), Melhor Direção em Série Dramática (David Lynch), Melhor Roteiro em Série Dramática (David Lynch e Mark Frost por "Pilot", Harley Peyton por "Episode 3"), Melhor Direção de Arte em uma Série, Melhor Realização em Mśucia-Tema, Melhor Realização em Composição para uma Série (Música Dramática de Fundo), Melhor Realização em Música e Letras, Melhor Edição de Som em uma Série. De suas nomeações, venceu para Realização em Desing de Roupas para uma Série e Melhor Edição para uma Série Dramática – Produção de Câmera Única.
Para sua segunda temporada, recebeu quatro nomeações ao Primetime Emmy Awards de 1991, para Melhor Ator em Série Dramática (Kyle MacLachlan), Melhor Atriz Coadjuvante em uma Série Dramática (Piper Laurie), Melhor Edição de Som para uma Série e Melhor Mixagem de Som para uma Série Dramática.
No Golden Globe Awards de 1991, ganhou para Melhor Série de TV - Drama, Kyle MacLachlan ganhou para Melhor Performance de um Ator em uma Série de TV – Drama, Piper Laurie ganhou para Melhor Performance de uma Atriz em Papel Coadjuvante em uma Série, Miniséerie Filme Feito para TV; enquanto Sherilyn Fenn foi nomeada na mesma categoria que Laurie.